São Paulo, domingo, 26 de dezembro de 2010

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Crescimento e carga tributária permitiram reajustes

DE BRASÍLIA
DO RIO


O crescimento da economia e da carga tributária permitiu à administração petista acomodar nas contas federais um aumento dos gastos com pessoal de mais de 60% acima da inflação em oito anos, contra pouco menos de 4% nos oito anos anteriores.
Em 2011, de acordo com as previsões orçamentárias, as despesas chegarão a R$ 199,6 bilhões, considerando no cálculo a contribuição patronal para a aposentadoria dos servidores.
Pelo mesmo critério, o quadro de pessoal consumia R$ 79 bilhões em 2003, último Orçamento elaborado pelo governo FHC, e R$ 37,9 bilhões em 1995, quando a previsão de gastos vinha do governo Itamar.
Medidos como proporção do Produto Interno Bruto, os valores não chegam a mostrar um cenário de descontrole: de 2003 para 2011, há uma alta de 4,6% para 5,1% do PIB, ainda abaixo dos 5,4% de 1995.
As despesas públicas são normalmente medidas em percentual do PIB quando o objetivo é avaliar seu grau de prioridade ou seu peso no Orçamento, uma vez que a arrecadação de impostos cresce acompanhando a renda e a produção do país.
A melhora da economia a partir de 2005 -ao lado da crise política provocada pelo escândalo do mensalão- encorajou o governo Lula a promover uma política mais agressiva de reajustes salariais para o funcionalismo.
Houve dois pacotes de benefícios para praticamente todas as carreiras do Executivo, em 2006 e em 2008.
Estados e municípios também elevaram suas despesas com pessoal acima da inflação, mas, graças à alta das receitas, se mantiveram nos limites orçamentários fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal. (GP e PS)


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