São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 |
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Aécio e Alckmin isolam Serra em eleição no PSDB Mineiro e paulista tentam impedir que ex-governador assuma comando da sigla Documento articulado às pressas obtém adesão de 53 deputados do partido e defende que Sérgio Guerra continue CATIA SEABRA ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA MARIA CLARA CABRAL DE BRASÍLIA Aliados do senador eleito Aécio Neves (MG) e do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, endossaram uma operação que fecha as portas do comando do PSDB para o ex-governador José Serra. Derrotado na corrida presidencial, Serra manifesta interesse pela direção da sigla para se manter em evidência. Numa articulação desenhada anteontem, alckmistas e aecistas lideraram abaixo-assinado pela recondução do senador Sérgio Guerra à presidência do partido. Consultado sobre a redação do abaixo-assinado, Aécio disse que o apoiaria desde que tivesse aval de Alckmin. Segundo a Folha apurou, Guerra ligou para Alckmin na manhã de ontem para falar sobre o documento. Admitindo não ter consultado Serra, Guerra nega ter participado da elaboração do documento idealizado por senadores do PSDB. "É um documento dos deputados." A operação foi posta em prática na manhã de ontem, durante reunião da bancada do PSDB para eleição de Duarte Nogueira (SP) para a liderança do partido na Câmara, quando mais adesões à ideia foram obtidas. "Não sabia de nada", disse o presidente do PSDB de São Paulo, Mendes Thame, que assinou o documento. O abaixo-assinado reuniu assinatura de 53 dos 55 deputados presentes à reunião. "É um aviltamento à democracia interna do PSDB tentar reeleger o presidente em reunião para escolha do líder", protestou o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (SP), defensor do nome de Serra para presidir o partido. "Houve um rolo compressor. Eles assinaram sob constrangimento", emendou. Segundo participantes da costura, a recente movimentação de Serra precipitou a elaboração de um abaixo-assinado em favor de Guerra. O ex-governador manifestou disposição de participar da reunião dos deputados, o que foi encarado como sinal de que pretende interferir nos rumos do partido. Um dos articuladores da operação, o senador Cícero Lucena (PB) disse "não entender a reação". "Serra nunca me disse que era candidato à presidência do partido." Aecistas também atribuíram a Serra o vazamento da informação de que o publicitário indicado pelo ex-governador para produção do programa do PSDB é réu no processo do mensalão mineiro. Aliados de Aécio e tucanos de Pernambuco deram início à campanha para nomeação do senador Tasso Jereissati (CE) na presidência do Instituto Teotonio Vilela -outro destino cogitado por Serra. Texto Anterior: Painel Próximo Texto: Governo de SP: Soninha vai cuidar de artesanato Índice | Comunicar Erros |
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