São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Ao Pacífico

the-diplomat.com
Com a foto, análise de site asiático cobra manter
a presença do Brasil na Ásia


Publicada ao redor do mundo, reportagem especial da Reuters, que enviou Terry Wade a Iñapari, no Peru, destaca que "novas rodovias cruzando a América do Sul do Atlântico ao Pacífico irão consolidar o papel do Brasil como líder continental". Três delas vão passar pelo Peru e outra pela Bolívia, países que se tornam "rota estratégica no comércio entre dois dos maiores mercados do mundo: Brasil e China". Antes mesmo das estradas, ontem na manchete do "Valor", "China lidera investimento no Brasil" em 2010.
Destacada pelo agregador Real Clear Politics, longa análise do The Diplomat, de Tóquio, enfatiza como "Lula comandou período de crescente influência na Ásia-Pacífico", da China à Índia e ao Timor Leste, e pergunta: "Sua sucessora seguirá o exemplo?".

ALIANÇA PARA O PROGRESSO?
Ecoou a confirmação de Obama, no discurso sobre o "estado da união", de que visita Dilma Rousseff em março. O site da Americas Society festejou a maior atenção ao hemisfério, mas lamentando a ausência de Colômbia e Peru na viagem. A estatal Voz da América destacou que ele vai buscar "novas alianças para o progresso", passagem que estava no discurso original, mas que Obama omitiu.
Na China, a estatal Xinhua, que já havia noticiado a visita com base na Agência Brasil, também destacou que Obama vem atrás de "novas alianças para o progresso" na região.

"Dream"
Da visita ao Brasil no final do ano, a publisher Arianna Huffington escreveu em seu portal que é "hora de reclassificar como Sonho Sul-Americano" o momento por que passa a região. Ela ouviu e destacou opiniões de Marcelo Neri, Nelson Barbosa, Franklin Martins e Armínio Fraga.

Investimento
O site do "Estado" deu que o JP Morgan Chase, que já havia comprado a gestora Gávea de Armínio Fraga, fechou "seu primeiro investimento em empresa brasileira". Segundo o "Valor", o banco americano contratou a Pacific Investments de Verônica Serra para assessorar aquisições.

EUA E SEUS AUTOCRATAS
Agências destacaram que Obama, no discurso sobre o "estado da união", "omitiu o Oriente Médio". Até citou a Tunísia, se dizendo "ao lado do povo", não do ditador, "mas não fez referência ao Egito", em meio à violenta revolta.
Na capa do "New York Times" de ontem, com mais destaque para o Egito que para o discurso, "Agitação da região confunde política externa dos EUA". Além de Egito e Tunísia, menciona o Líbano, onde caiu o gabinete pró-americano, e a Palestina, onde documentos vazados pelo WikiLeaks expuseram a liderança. Analistas declaram ao jornal que, "se a Tunísia funcionar", Obama deveria aproveitar a oportunidade para se afastar das ditaduras árabes.
Em texto na "Foreign Policy", o diretor da Human Rights Watch em Washington sublinhou que "os despachos do WikiLeaks fizeram mais pela democracia árabe do que décadas de diplomacia dos EUA".

Al Jazeera sobe
No "Independent", Robert Fisk saúda a "alvorada de uma nova verdade no mundo árabe", com os "Papéis da Palestina" divulgados na Al Jazeera. E a AP informa que o canal de notícias do Qatar, que havia comprado os direitos da Copa de 2014 para Oriente Médio e o Norte da África, adquiriu agora os direitos das Copas de 2018 e 2022.

BBC desce
A BBC World destacou os cortes do governo na própria BBC, alertando para a perda de "soft power" pelo Reino Unido. O Serviço Mundial será afetado, mas "a BBC Brasil continuará operando normalmente".
A reação aos cortes chegou aos jornais, com o "Guardian" pedindo, em artigo, "proteção a uma fonte singular de influência global".

KELLER VS. ASSANGE
"The New York Times"/dailybeast.com
Com a manchete "O garoto que chutou o vespeiro", o "NYT Magazine" apresenta a versão do jornal para as relações que vem mantendo com o WikiLeaks
O "NYT" adiantou o longo texto de capa de sua revista de domingo, escrito pelo próprio editor-chefe, Bill Keller, sob o título interno "Lidando com Julian Assange e os segredos que ele derramou". Destaca que Assange "gostaria que pensassem que ele é o grande manipulador da mídia", mas "a história é diferente". De quebra, Keller deu entrevista ao Daily Beast contra o "arrogante" Assange.
Em resposta, o WikiLeaks postou que Keller traz "fatos errados de alto a baixo", num "dia escuro para o jornalismo americano". E que o "NYT" não passa de um "governista incorrigível".

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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