São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011

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Pagamentos são constitucionais, diz presidente da corte

DE BRASÍLIA

O presidente do STJ, ministro Ari Pargendler, disse que pagamentos acima do teto constitucional de R$ 26,7 mil são legais.
"Esses valores não incidem no teto porque não são remuneração, são auxílios, abonos de permanência e adiantamentos de férias e salários", disse.
Questionado sobre a Constituição, que cita expressamente que "vantagens pessoais" incidem sobre o teto, caso do abono mensal de R$ 2.000, afirmou que cumpre a resolução do CNJ.
"Pergunte ao CNJ, porque a resolução permite o recebimento. Você precisa confiar nas instituições. Se o CNJ permite, é porque fez de acordo com a Constituição."
Ele disse não achar imoral pagar R$ 93 mil a um ministro num mesmo mês.
"Acho imoral aquilo que não respeita a lei. Se a lei prevê, é direito."
O presidente do STJ afirmou que não poderia passar à Folha planilha de pagamento com os nomes dos ministros discriminados. "Esse é um assunto privado, e seria invasão eu decidir divulgar o nome dos ministros. Só posso falar do meu contracheque", afirmou.
Questionado por que os ministros de outros tribunais federais não recebem pagamentos acima do teto, Pargendler foi direto: "Isso você tem que ver com eles, não é assunto nosso".
Ele recebe, como presidente do STJ, cerca de R$ 1.200 de gratificação -o que deveria incidir sobre o teto, de acordo com a resolução.
Procurada pela Folha, a assessoria do STM (Superior Tribunal Militar) afirmou que não publica os gastos porque o sistema está em fase de implementação.


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