São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 2011

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Governo usa evento para unificar discurso

DE BRASÍLIA

Além dos recados de Dilma ao mercado, o governo usou o evento do Conselhão para passar uma imagem de unidade entre Casa Civil, Ministério da Fazenda e Banco Central, até pouco tempo foco de rumores de disputas.
Antonio Palocci, Guido Mantega e Alexandre Tombini fizeram discursos convergentes sobre a política econômica. O primeiro pontuou sua fala com elogios a Mantega e Tombini.
Além de classificar de o momento de "surto inflacionário mundial", Mantega procurou rebater as críticas do mercado sobre o ajuste fiscal do governo, antecipando números positivos do superavit primário de março.
Na defesa da política econômica, até o ministro Antonio Palocci (Casa Civil) foi escalado para falar -o primeiro discurso público dele desde a sua posse.
Segundo Palocci, os ministérios da Fazenda e do Planejamento vêm tendo uma "atuação muito correta e muito rígida".
Apesar do discurso positivista da equipe do governo, alguns conselheiros fizeram críticas à política econômica. Em discurso, o presidente da CUT, Arthur Henrique, classificou de "anomalia" a política de juros.
Na área industrial, a avaliação de dois expoentes do setor é que o governo não vem fazendo tudo o que pode para conter a inflação.
Os presidentes da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, cobraram a redução dos juros.
Em seu discurso, Tombini defendeu as recentes decisões do Copom, que decidiu pelo aumento da taxa Selic. "[Aumentamos] não porque nós gostemos, mas porque precisamos", disse.


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