São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 2011

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Escalada retórica

Nas manchetes on-line dos jornais da Europa, "na esteira dos protestos árabes" França e Itália falam em fechar as fronteiras nacionais europeias. E, junto com o Reino Unido, falam em sanções à Síria.

 

Já nos EUA o site do Council on Foreign Relations destacou que os "aliados americanos" Arábia Saudita e Israel temem que uma "Síria sem Assad abra mais poder ao Irã". E a nova "Foreign Affairs" acaba de sair avisando que o "Irã tenta manipular a sublevação no Oriente Médio para tirar vantagem".
E os sites de "Foreign Policy" e "National Interest" apontam risco de conflito entre Arábia Saudita e Irã. Os sauditas se distanciaram dos EUA e se aproximam da China e do Paquistão. A "FP" especula se a Arábia Saudita, que teria financiado o projeto paquistanês, foi "às compras por armas nucleares".
"New York Times" e "Wall Street Journal" sumiram com a Síria das páginas iniciais, ontem.

Schoeller/newyorker.com
DOUTRINA Ecoa nos EUA o perfil que a nova "New Yorker" fez da "doutrina" de política externa de Obama, efeito da "primavera árabe" e da consciência do "declínio do poder relativo dos EUA". É descrita por um de seus assessores como "leading from behind", liderando de trás

//IRÃ & BRICS?
O "Tehran Times" publicou que o "Irã planeja expandir suas relações com os Brics". Uma autoridade de planejamento do país, Ali Agha-Mohammadi, descreveu como "a maior prioridade econômica" -seguida da aproximação com o grupo "Next 11", os próximos 11, também definido pelo banco Goldman Sachs e que inclui o próprio Irã.
E as agências Fars, iraniana, e Xinhua, chinesa, acrescentaram que o "Irã planeja abrir centro de comércio em Brasília".

//EUA & BRASIL?
Célebre especialista em política externa, Walter Russell Mead, do Council on Foreign Relations e editor da "American Interest", esteve no Brasil e há duas semanas escreve sem parar sobre o país, no site da revista. Já abordou desde a paranoia antiamericana quanto à Amazônia até o que pode dar errado na ascensão brasileira.
O post de maior repercussão foi sobre uma "mudança de verdade, para variar": o Brasil "passou a acreditar que o sistema econômico global pode ser vantajoso" e "os interesses de segurança dos EUA, pela primeira vez, não são desafiados por nenhuma potência sul-americana". O pragmático Lula, diz, foi "o melhor antídoto ao chavismo".

as-coa.org
NOVO A revista do Council of the Americas, de Nova York, aborda "O novo Brasil", com textos escritos por Celso Amorim, "o homem que levou o país à sua nova era global", intitulado "Reflexões sobre a ascensão mundial do Brasil", e por Roberto Setúbal, "Oportunidades e desafios da presidente Dilma Rousseff"

Entre EUA e China Na "Americas Quarterly", Matias Spektor, da Fundação Getúlio Vargas, escreve que, "em uma era de novas ameaças globais, Brasil e EUA precisam colaborar". E no site da revista cobra do governo Dilma uma política nacional em relação à China.

Sensibilidade Em longo artigo na "Latin American Policy" e no site do Council of the Americas, Eric Farnsworth, diretor da instituição, cobra dos EUA "sensibilidade com as preocupações latino-americanas", para não se distanciar de uma "região hoje transformada".

Felipe Dana/newsweek.com
"TOP COP" A "Newsweek" perfila o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, que "fez o impossível, pacificar" o Complexo do Alemão


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