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"Mensalão deve ser apurado", afirma candidata
DE SALVADOR
A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, disse
ontem em Salvador que "tem
partes do mensalão que são
extrapoladas, e outras, não".
Questionada sobre o maior
escândalo do primeiro mandato de Lula, defendeu que
"tudo tem de ser apurado".
E tentou dividir o ônus
com a oposição. "Todos os
mensalões têm de ser apurados", disse, numa referência
a episódios nos governos do
PSDB em Minas (1995-1998) e
do DEM no DF, em 2009.
"A Justiça tem de condenar rápido para evitar que se
cometa injustiça", disse.
Questionada se considera
inocente o ex-ministro José
Dirceu, apontado como "chefe da quadrilha" no inquérito
do mensalão federal, Dilma
disse que não pode falar.
"Nem eu nem você [o repórter] podemos julgar José
Dirceu porque isso está na
mão da Justiça", disse.
Questionada sobre outro
tema delicado, repetiu que é
"pessoalmente" contra o
aborto, mas que, caso seja
eleita, tratará o assunto como "caso de saúde pública".
"Isso significa que você
tem de tratar as mulheres
quando elas estiverem nessa
situação. Você não pode deixar as mulheres morrerem."
A petista usou o fato de estar prestes a ser avó para justificar a guinada no discurso.
Disse que, diante da nova situação, o assunto se tornou
"mais forte" para ela.
A coordenação da campanha mandou imprimir 1 milhão de exemplares do boletim "Ao Povo de Deus", no
qual a candidata afirma que
é prerrogativa do Congresso
tratar de temas como aborto
e uniões estáveis.
(MATHEUS MAGENTA)
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