São Paulo, sábado, 27 de agosto de 2011 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
TCU decide fiscalizar convênios da Copa 2014 Análise prévia apontou indícios de irregularidades DIMMI AMORA DE BRASÍLIA O TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu na quarta-feira que vai auditar todos os 11 contratos e convênios já realizados pelo Ministério do Turismo para o programa de treinamento da Copa 2014 -o Bem Receber Copa. Numa fiscalização prévia, foram apontados vários indícios de irregularidades nas contratações que já somam R$ 77 milhões, sendo que R$ 44 milhões já foram gastos. Até a Copa, a previsão do ministério era gastar R$ 440 milhões para o treinamento de 306 mil pessoas. Em alguns convênios, todo o dinheiro já foi repassado, mas não há comprovação de que ele tenha sido concluído. O ministério também não estaria, segundo o TCU, comparando os custos do que foi contratado com preços de mercado. "Em resumo, há graves problemas na governança do programa. Não existem, ainda, ferramentas para que o ministério possa mensurar efetivamente os resultados das ações e a disponibilização de indicadores de desempenho consistentes", diz relatório de Valmir Campelo. Segundo o tribunal, essa falha nos processos pode culminar em desperdício ou mesmo "malversação de recursos, com a aplicação de cifras consideráveis em ações de baixa ou nenhuma eficácia, com indesejável reflexo no evento Copa do Mundo de 2014". Em nota, o Ministério do Turismo informou que cumprirá as determinações e recomendações do TCU. "Os convênios citados estão sendo auditados pela CGU (Controladoria-Geral da União), que ainda não apresentou relatório conclusivo. O Ministério do Turismo não liberará recursos financeiros para os convênios citados até a conclusão dos trabalhos da CGU", informou a pasta. CONVÊNIOS Num dos casos, o governo repassou para treinamento de trabalhadores de locadoras de veículos R$ 2 milhões. O convênio deveria ter terminado em 2009, foi prorrogado até 2011, mas, apesar de o dinheiro ter sido liberado, o programa não foi concluído. Entre os convênios que sofrerão investigação está um com a Abetar (Associação Brasileira das Empresas de Transporte Aéreo Regional), no valor de R$ 1,2 milhão. A diretoria da ONG nega irregularidades. Texto Anterior: Frase Próximo Texto: Economia para pagar juros da dívida bate recorde Índice | Comunicar Erros |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |