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Após 14 anos, família enterra pai e filho hoje
DE SÃO PAULO
Após 14 anos do crime da
motosserra, a família de Agilson Santos Firmino e de seu
filho Uilder poderá finalmente enterrá-los. A cerimônia
deve ocorrer hoje.
O restos mortais das vítimas foram enviados sexta à
cidade onde a viúva e os outros dois filhos de Firmino vivem desde que deixaram o
Acre. Por segurança, o local
não pode ser revelado.
A família recebeu os atestados de óbito dia 15. Para
Emanuela Firmino, filha de
Agilson, os papéis só foram
expedidos após o jornalista
Altino Machado cobrar as autoridades em seu blog.
"Expressei a vontade de
receber as ossadas no julgamento de meu irmão, em novembro passado. Se não fosse o blog, os atestados não teriam saído", diz.
Segundo o secretário de
Justiça e Direitos Humanos
do Acre, José Henrique Corinto de Moura, a demora se
deve à burocracia. "O Estado
nunca se negou a enviar as
ossadas, mas precisava da
certidão de óbito. O processo
acabou dia 14", disse.
O procurador-geral do Ministério Público do Acre,
Sammy Lopes, estuda a possibilidade de indenização.
"Quem cometeu o ato de brutalidade e o assassinato era
agente do Estado." No julgamento de Hildebrando, a família teve pedido de indenização negado.
(RB)
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