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Aniversário de Lula vira comício por Dilma
MÁRCIO FALCÃO
SIMONE IGLESIAS
DE BRASÍLIA
No último aniversário do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva antes de deixar o Palácio do Planalto, o PT vai pegar carona na data e promover uma mobilização a favor
do voto em sua candidata à
sucessão Dilma Rousseff.
De olho na popularidade
do petista, o partido determinou aos diretórios regionais
que façam hoje carreatas,
passeatas e panfletagens.
A ideia é festejar os 65 anos
de Lula, o aniversário de oito
anos da vitória do petista em
cima de José Serra (PSDB) -o
mesmo adversário de Dilma- e emplacar a campanha
de que o melhor presente para ele é a eleição de Dilma.
Para o QG dilmista, a data
é ideal para dar emoção na
reta final da campanha.
O dia de mobilização foi
aprovado pela Executiva nacional do PT no último dia 19.
No texto, o comando do partido afirma que o ato é uma
"defesa do Brasil".
"É preciso deixar claro para o povo: não se trata apenas
de uma disputa eleitoral. Trata-se de defender a soberania
nacional", diz o texto.
Em Brasília, os militantes
vão cantar parabéns para Lula no início da noite, em frente ao Palácio da Alvorada. No
ano passado, a festa contou
com 200 petistas e Lula disse
que torcia para que esta comemoração fosse junta com
a eleição de Dilma.
Segundo interlocutores, o
presidente também deve ter
uma festa "discreta" no Planalto, na parte da tarde, com
um bolo ao lado de ministros
e funcionários.
Integrantes da campanha
não descartaram um abraço
de Dilma em Lula, no Alvorada, em comemoração supressa preparada pela primeira-dama, Marisa Letícia.
PROVOCAÇÃO
Ontem, o presidente levou
a campanha para dentro do
Planalto e ironizou o episódio que o tucano foi agredido
em comício no Rio.
"O governo ia para reuniões como se fosse de forma
preventiva com aquele negócio que a polícia de choque
usa para não tomar bordoada, ou seja, para que não
caísse um papelete na cabeça", disse Lula.
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