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Palocci substituirá Dutra na negociação com aliados
Alexandre Padilha deverá auxiliar futuro ministro da Casa Civil na tarefa
Presidente eleita, Dilma Rousseff decidiu ainda nomear o ex-prefeito de BH Fernando Pimentel para o seu ministério
DE BRASÍLIA
Ao ser oficializado na próxima semana como ministro
da Casa Civil, Antonio Palocci assumirá oficialmente as
negociações com os partidos
aliados no lugar do presidente do PT, José Eduardo Dutra,
até então designado para
função por Dilma Rousseff.
Palocci deve ser auxiliado
na tarefa de negociar ministérios com os aliados pelo
atual ministro das Relações
Institucionais, Alexandre Padilha, cotado para seguir no
cargo no governo da presidente eleita -Padilha, médico infectologista, chegou a
ser cogitado para a Saúde.
Dutra vinha comandando
as conversas com os partidos, mas se afastará nessa fase de definição dos espaços
de cada legenda.
O motivo de seu afastamento é que, na condição de
presidente do PT, ele poderia
enfrentar conflitos de interesse, já que os petistas estão
pleiteando vagas ambicionadas por outras legendas.
PIMENTEL
Dilma decidiu nomear o
ex-prefeito de Belo Horizonte
Fernando Pimentel para sua
equipe. Sua vaga, porém, depende das negociações com
os aliados, mas pode ser o Ministério da Previdência ou o
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Além de ser da cota pessoal de Dilma, Pimentel entra na lista de ministeriáveis
do PT mineiro, que reivindica
ainda uma pasta para o ex-ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social).
No PT, o senador Aloizio
Mercadante (SP) deve ter como destino o Ministério de
Ciência e Tecnologia, hoje
sob comando do PSB -que
perderá o controle da pasta
em troca do Ministério da Integração Nacional.
Além desse ministério, o
PSB deve ficar com o do Turismo ou manter a Secretaria
Especial de Portos. A tendência, porém, é que o partido fique com a primeira, porque
Dilma estuda fundir Portos
com o setor aeroportuário.
O novo ministério seria entregue ao PMDB, que deve
ainda controlar Cidades, hoje com o PP, como compensação pela possível perda de
de Saúde, Integração Nacional e Comunicações.
A dificuldade é vencer a resistência do PP, que embora
não tenha apoiado oficialmente Dilma, elegeu mais senadores -subiu de 1 para 5.
O nome mais forte entre os
peemedebistas para comandar Cidades é o de Moreira
Franco, ligado ao vice-presidente eleito, Michel Temer.
Já está certo que os peemedebistas vão manter os ministérios da Agricultura (Wagner
Rossi) e Minas e Energia (Edison Lobão, senador reeleito,
volta a comandar a pasta).
Segue indefinida, porém,
a situação da Defesa, que deve continuar com o PMDB. O
atual ministro, Nelson Jobim, pode seguir no cargo.
Gilberto também Carvalho
será oficializado na semana
que vem na Secretaria-Geral
da Presidência. O deputado
Luiz Sérgio (PT-RJ) está sendo indicado pelo partido para comandar o Turismo.
A pasta da Cultura, que deve sair das mãos do PV, tem
dois nomes cotados: Fernando Morais e Emir Sader.
(VALDO CRUZ, NATUZA NERY, RANIER
BRAGON e MÁRCIO FALCÃO)
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