São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

O dia seguinte

No fim de domingo, nos sites de "New York Times" e demais, o cerco dos "rebeldes" à capital líbia.
E a frase da secretária de Estado, Hillary Clinton, de que vem "entrando em contato com diferentes líbios que estão se organizando no leste". Já o porta-voz do recém-formado conselho da oposição reagiu dizendo à Al Jazeera que o conselho, liderado pelo ex-ministro da Justiça, não está em contato com nenhum governo estrangeiro e "não quer que eles intervenham".

 

Mas a mesma Al Jazeera vem sendo questionada em sites como "Monthly Review" por ouvir um "príncipe herdeiro" sobre o futuro da Líbia. E por não cobrir a rebelião em vizinhos de seu país de origem, o reino do Qatar. Nada, em especial, do reino do Bahrein.

english.aljazeera.net
O "príncipe herdeiro" as-Senussi fala em Londres

Navio de guerra O "China Daily" deu na sexta a manchete de papel "China envia navio de guerra à Líbia", para evacuar chineses. E no Conselho de Segurança o país resistiu às ações contra a Líbia, pedidas pelos EUA -após evacuar americanos. Mas por fim, sábado, a China aprovou as sanções. Antes, segundo a "Foreign Policy", foi um ataque rebelde às instalações da chinesa CNPC na Líbia que iniciou o "pânico" do petróleo.

Petromonarquia A Associated Press despachou ontem, em reportagem de cinco correspondentes, que a perspectiva de uma Líbia "fracionada" promete mais "pânico global sobre petróleo", em especial entre seus compradores Itália, França, Alemanha e Espanha.
E a "FP" postou nova análise com as dúvidas do mercado de petróleo sobre a solidez das "petromonarquias do golfo Pérsico" Arábia Saudita, Kuwait e Qatar.

//OBAMA & DÉSPOTAS

O "NYT" fechou a semana destacando que "EUA estão tentando escolher os vencedores no novo Oriente Médio". Obama enviou "diplomatas seniores para oferecer garantias e conselhos aos monarcas, mesmo aqueles que chefiam os governos mais repressores".
Mais precisamente, "os americanos admitem que não têm outra escolha a não ser apoiar países como Arábia Saudita -e que a situação pode mudar rapidamente." Citam "concessões" do Bahrein e da Jordânia e a "esperança de que os reinos se transformem, eventualmente, em monarquias constitucionais".

//OBAMA & TALIBAN

O "NYT" destacou na última quinta que, "ao derrubar o Taliban no Afeganistão e Saddam Hussein no Iraque, os EUA removeram dois dos inimigos regionais do Irã que trabalhavam para frear as suas ambições". E hoje o Irã se tornou "grande ator" em ambos.
No dia seguinte, manchete de papel no "NYT", "EUA deixam vale afegão que diziam ser vital para guerra" -e volta agora ao Taliban. Mais um dia e, no mesmo "NYT", o secretário de Defesa, Robert Gates, questionou expressamente a decisão do governo Bush de "invadir e administrar" o Afeganistão e o Iraque.

O próximo 1 Ontem na home do "Wall Street Journal", um "líder oposicionista no Bahrein instou à derrubada da família real" ao voltar do exílio para os protestos que "voltam a crescer". É descrito como um "xiita mais "radical". Já "xiitas mais moderados" buscam unificar as demandas com "grupos sunitas" de oposição.

O próximo 2 Também na home do "WSJ", "Presidente iemenita reúne apoio tribal". Era o ditador do país, em tentativa de resposta "depois que proeminente líder tribal anunciou que se juntaria à oposição" e levantou "temores de que outros chefes tribais o seguiriam". Os protestos mostram "rápida escalada" no país.

//OSCAR BRIC

Prossegue o noticiário sobre Brics, com a CNBC destacando a "grande corrida" das montadoras para entrar no Brasil e na Rússia -e com o economista-chefe do Citigroup prevendo a China como maior economia em 2020 e a Índia como segunda em 2050.
E a "Economist", sob enunciados como "Esqueça o Oscar", diz que "os prêmios deste ano são mais irrelevantes que nunca", pois o valor de um filme não é mais estabelecido por americanos. "É decidido por jovens em países como Rússia, China e Brasil."

//O GRANDE TOMBO

O site Drudge Report cruzou o fim de semana ironizando o Huffington Post, que perdeu posições nas pesquisas do Google depois que este mudou seu algoritmo para evitar a crescente "otimização de busca".
É uma "tática" para obter visibilidade nos resultados, que vinha sendo usada por gigantes comerciais como JC Penney nos EUA. Segundo Drudge, o tombo do Huff Post foi de 12%. Também caíram brasileiros.


Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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