São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2010

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Quatro razões

A "Economist" postou na home "Quatro razões para acreditar no Brasil" ou "para acreditar que pode ser tão grande quanto China e Índia". Em resposta a Martin Wolf, que escreveu no "Financial Times" que "o Brasil não pode se tornar ator global tão grande quanto os dois gigantes", buscou Rubens Ricupero. Falando a investidores de Hong Kong, o ex-ministro avaliou que "pela primeira vez o Brasil tem condição propícia em quatro áreas que barravam crescimento": commodities, petróleo, demografia e urbanização.
Argumenta que, por 50 anos, a metade do aumento populacional virá de países que consomem "commodities em alta exponencial". Que "o sucesso da Petrobras no mar transformou a energia no Brasil". Que a redução na fertilidade está levando à queda na "taxa de dependência" de crianças e idosos. E que o êxodo rural está próximo do fim, o que deixa "para trás o crescimento caótico das grandes cidades".

E QUATRO OBSTÁCULOS
Por outro lado, na manchete da BBC Brasil, a Economist Inteligence Unit, consultoria ligada à "Economist", divulgou estudo encomendado pelo HSBC, ouvindo 536 executivos de 18 países. Em suma, "a EIU identifica quatro áreas nas quais o Brasil precisa fazer progresso, se quiser realizar seu potencial econômico". Pela ordem, educação, infraestrutura, inovação e reconhecimento internacional de marcas.

Câmbio lá
Em longa análise que abre com o sucesso da empresa brasileira que exporta leite para fazer muzzarela na Itália, John Paul Rathbone, editor de América Latina do "FT", escreve sobre "o que poderia bloquear esse progresso do Brasil", destacando a apreciação do câmbio, efeito da entrada de capital. E sugere duas ações: melhorar infraestrutura, para exportar mais, e cortar gastos do governo, para reduzir a necessidade de financiamento externo. Sem choque Don Sull, da London Business School, vem postando série histórica sobre o Brasil no "FT". Abriu com "Lições das campeãs brasileiras", sobre empresas que sobreviveram e saíram mais fortes da crise dos anos 90. Ontem, abordou "Por que o Brasil foi o país do futuro que sempre seria". Citou como vilão o "Custo Brasil", mas dando outro sentido à expressão: é como descreve "a série constante de choques que golpearam o país nas últimas décadas".

AMORIM, UM BALANÇO
Com foto no alto da home, a BBC Brasil postou entrevista do chanceler Celso Amorim em Tel Aviv, onde encerrou um giro pelo Oriente Médio. A correspondente Guila Flint ressaltou a resposta aos questionamentos externos, de "grandes potências", e também internos. De Amorim:
"Os críticos de fora também não querem participação de Índia, África do Sul ou Turquia, pois querem preservar o monopólio do poder. Já no Brasil são pessoas que não compreendem que, sem exagero, o Brasil tem uma grandeza no cenário internacional. Já tem um papel importante nas questões financeiras, comerciais, do clima. A resistência é na área de paz e segurança, dos cinco membros do Conselho de Segurança, mas isso vai mudar."
Para fechar: "Estes oito anos em que servi no ministério foram muito privilegiados, pois foram num momento de transformação do mundo e do Brasil."

"NOT NEWS"
huffingtonpost.com
Na manchete de ontem, o Huffington Post atacou as "grandes organizações de mídia" que agora vem questionando o vazamento da guerra no Afeganistão, com uma ironia, "Acorde-os quando tiver acabado"

Lado a lado Destaque nos sites de mídia, os editores do "New York Times" admitiram ter ido "até a Casa Branca e mostrado o que tínhamos". Por sinal, "eles não sugeriram que não escrevêssemos" e até "nos elogiaram pelo modo como editamos os documentos".

Sob contrato Também nos sites de mídia, destaque para os registros vazados sobre programas no Afeganistão em que as forças americanas "pagam organizações locais de mídia para produzirem reportagens amigáveis". Os textos chegam a falar em "nossos jornalistas".

QUEDA
treehugger.com
Do "Guardian" ao TreeHugger, títulos como "Desmatamento na Amazônia em declínio dramático" anunciam ser efeito do uso de satélite sino-brasileiro

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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