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Lula faz mais atos para Dilma que para si
Presidente vai ao dobro de comícios de candidata do que foi a seus na campanha para a reeleição, em 2006
Mobilização do petista também começou quase um mês antes; Lula tem só 4 dias de agenda em Brasília em setembro
SIMONE IGLESIAS
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
Para emplacar sua sucessora no Palácio do Planalto, o
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva cumpre neste ano
uma agenda eleitoral mais
intensa do que em 2006,
quando disputou a reeleição.
Lula fechará este mês com
participação em 13 comícios
para Dilma Rousseff (PT),
mais que o dobro do que fez
no mesmo período, há quatro anos, quando ele próprio
disputava a reeleição.
A mobilização do presidente nesta campanha também começou mais cedo do
que no ano da reeleição, antecipando em quase um mês
os comícios para Dilma. Lula
também ampliou a rota visitando o Norte e mais Estados
do Sul e do Nordeste.
Há quatro anos, o presidente fez em setembro apenas seis comícios, em cinco
Estados (MG, PE, SC, RN, RS).
Em agosto, fez um ato de
campanha dia 11 no Rio.
Agora, o presidente começou a pedir votos para a ex-ministra em 16 de julho, também optando pelo Rio. Desta
vez, Lula fez campanha para
Dilma em Minas, Rondônia,
São Paulo, Bahia, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do
Sul, entre outros.
Principal cabo eleitoral,
Lula também comandou comícios sem Dilma em Belém
(PA) -sendo que ela não foi à
região Norte na campanha-
e em Campinas (SP).
O presidente fechará sozinho sua participação em atos
políticos com eventos em
Aracaju (SE), na quarta-feira,
e em São Bernardo do Campo
(SP), seu berço político, na
quinta-feira.
A ausência de Dilma ainda
pode ser revertida no caso de
Aracaju. Ela pediu para ficar
de fora para se dedicar ao último debate, marcado para o
dia 30, na TV Globo.
Mas, no caso do comício
de São Bernardo do Campo, a
ida é inviável. Ontem, Lula
esteve com Dilma para o último comício da petista no
Sambódromo de São Paulo.
Pelo calendário eleitoral,
quinta-feira é o último dia
para as campanhas realizarem grandes atos políticos.
Até sábado, véspera da eleição, os candidatos ainda poderão ir a eventos menores,
como caminhadas.
Com a atenção voltada para a campanha, o presidente
diminuiu sua permanência
em Brasília e cumprirá agenda em setembro apenas quatro dias na capital federal.
Em 2006, Lula despachou 14
dias no Planalto.
Lula aumentou as viagens
Brasil afora em campanha e
relegou a participação em
eventos oficiais no exterior.
Todo o esforço do presidente
é para definir a eleição ainda
no primeiro turno.
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