São Paulo, quarta-feira, 28 de setembro de 2011

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Temer diz que não é possível governar de 'vassoura na mão'

Vice-presidente nega crise e afirma que faxina não deve ser prática permanente

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

O vice-presidente Michel Temer disse ontem que o governo não vive uma crise por conta da queda de ministros envolvidos em conflitos de interesse, corrupção ou uso indevido de verba pública.
Questionado se a faxina da presidente Dilma Rousseff havia sido completa, respondeu que não se pode governar com tal espírito. "Não se pode fazer governo com vassoura na mão. Você toma as medidas que tem que tomar, e as medidas foram tomadas, mas não tem que fazer isso permanentemente."
Afirmou porém que, se surgirem outros "eventos danosos", o governo deve agir. Temer discursou em almoço na American Society, em Nova York. O ingresso custava US$ 75 (R$ 135) para membros e US$ 100 (R$ 180) para os não sócios. "Perguntaram-me aqui sobre a crise que o país viveu. Seria de natureza administrativa porque quatro ou cinco ministros saíram de seus postos. Outros com muita naturalidade assumiram esses mesmos postos, de modo que [nem] sequer crise administrativa se verificou."
Sobre economia, Temer disse que o país adquiriu, na crise de 2008, experiência para enfrentar instabilidades e que na época o governo dissuadiu a Embraer de demitir.
"Temos uma grande empresa fabricante de aviões, a Embraer, e num primeiro momento ia demitir uma porção de gente. O governo chamou e segurou aqueles que seriam demitidos", disse.
Entretanto, esse episódio marcou um estremecimento das relações da empresa com o Planalto, que não evitou o corte de 4.200 funcionários em fevereiro de 2009.
Temer voltou a dizer que o país está confiante na capacidade do Brasil de resistir à piora na crise e que as empresas estão otimistas. Enfatizou que a percepção externa sobre o Brasil melhorou. Antes, quando alguém me apresentava e dizia que eu era presidente da Câmara, diziam buenos días. Agora me chamam para sentar na mesa principal [em encontros no exterior], brincou o vice.


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