São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011

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Policial cita irmão de Aldo em suposto esquema no Esporte

Segundo delator, parente de ministro foi quem indicou responsável por arrecadação de dinheiro desviado

Apolinário diz que não tem poder para fazer indicações na pasta e que vai entrar na Justiça contra Ferreira

FERNANDO MELLO
MARIA CLARA CABRAL
DE BRASÍLIA

Em depoimento de mais de oito horas à Polícia Federal na semana passada, o policial militar João Dias Ferreira envolveu Apolinário Rebelo, vice-presidente do PC do B-DF e irmão do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), no suposto esquema de desvios no Ministério do Esporte.
O policial, que denunciou um suposto esquema de corrupção na pasta, disse que foi Apolinário quem indicou a pessoa que atuava como "responsável pela arrecadação" do dinheiro obtido pelo suposto esquema.
Segundo o delator, essa pessoa é Fredo Ebling, que foi chefe de gabinete de Aldo na presidência da Câmara dos Deputados e atualmente trabalha na liderança do PC do B. Ebling não retornou aos contatos da Folha.
Apolinário nega as acusações do delator. Disse que não tem poder para fazer indicações no ministério e afirmou que pretende entrar na Justiça contra o policial.
Apolinário foi diretor de esporte estudantil do ministério por dois anos e meio. No cargo, trabalhou em projetos especiais do Programa Segundo Tempo, principal alvo das acusações.
Em 2010, ele deixou o ministério para disputar a eleição para deputado distrital. Com 3.788 votos, consegui apenas a vaga de suplente.
No depoimento, o delator citou duas etapas do esquema. Na primeira, de "captação de recursos", Ebling seria ajudado pelo presidente de uma ONG, por um treinador de futebol e por um ex-funcionário do ministério.
O policial disse que chegou a ser procurado por Ebling para participar de "captação e distribuição" da verba, mas disse que não aceitou. O delator não apresentou provas.
A segunda etapa seria a distribuição dos valores. Foi nessa fase que uma testemunha disse ter presenciado a entrega de malote de dinheiro ao motorista de Orlando Silva, que nega.



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