São Paulo, sexta-feira, 29 de abril de 2011 |
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Alckmin endossa fusão PSDB-DEM-PPS Governador afirma que união de partidos de oposição, ainda controversa entre dirigentes, é "hipótese muito boa" Enquanto FHC admite discutir assunto, Serra é contra; divergências nos Estados dificultam decisão antes de 2012
Imprensa Oficial, em SP DANIELA LIMA VERA MAGALHÃES DE SÃO PAULO O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu ontem a fusão do PSDB com o DEM e o PPS como uma hipótese "muito boa" para a oposição. Alckmin foi o primeiro dos líderes tucanos a endossar a proposta, que divide opiniões nas três legendas. "Acho que é uma hipótese que poderá ser muito boa, mas que depende de conversas políticas. Também não vejo urgência nisso, não precisa de correria. Mas vejo de forma positiva", disse. Nesta semana, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso admitiu que os partidos conversam sobre o assunto, mas evitou emitir opinião. "Existem propostas nesse sentido. São aspectos delicados. Acho que o mais importante é manter a coesão dos partidos", afirmou. O ex-governador José Serra já manifestou a aliados, em mais de uma ocasião, ser contra a fusão imediata dos partidos de oposição. Serra disse a interlocutores que não aceitaria conviver no mesmo partido que desafetos como o ex-presidente do DEM deputado federal Rodrigo Maia (RJ). Além disso, na avaliação do ex-governador, a atual cúpula do DEM é parceira do projeto presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG). NOS ESTADOS Outro fator que pesa contra o início da discussão neste momento são as divergências regionais entre tucanos e democratas em Estados importantes, como a Bahia. Lá estão o deputado ACM Neto, atual líder do DEM na Câmara, e serristas como o deputado Jutahy Júnior, que era adversário ferrenho do carlismo no Estado. Outro exemplo, o ex-governador Antonio Imbassahy, que trocou o DEM pelo PSDB para sair da órbita carlista, já disse à cúpula tucana que não aceita a fusão. Para a cúpula do DEM, discutir a fusão agora, quando o partido ainda não tem certeza se estancou a hemorragia provocada pela criação do PSD e comanda poucos governos, seria desvantajoso. A avaliação é que o tema só deve ganhar fôlego após 2012. AÇÃO SOCIAL Ainda ontem, Alckmin negou que vá retirar projetos e atribuições da Secretaria de Desenvolvimento Social, que, a partir de segunda-feira, passará a ser oficialmente comandada pelo DEM. "Não mexeremos nos projetos", disse o governador. A Folha publicou que a execução de programas importantes, antes sob o comando da pasta, serão remanejados. Texto Anterior: Análise: Ajustes a conta-gotas deixam economia exposta a choques externos e domésticos Próximo Texto: Aliado de Dirceu, Rui Falcão deve comandar o PT até 2013 Índice | Comunicar Erros |
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