São Paulo, sábado, 29 de maio de 2010

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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010

Para Serra, vice ideal não pode trazer "aporrinhação"

Tucano diz que companheiro de chapa pode ser definido após convenção

Para tucano, vice deve ser como Marco Maciel; pré-candidato se exime de culpa por aparição no programa de TV do DEM

Aldo Carneiro/Folhapress
Serra abraça o candidato do PMDB ao governo de PE, Jarbas Vasconcelos, em lançamento de sua pré-candidatura

FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

Um dia após o ex-governador Aécio Neves reafirmar que não vai integrar uma chapa puro-sangue tucana, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse que o partido poderá ir a sua convenção, em 12 de junho, sem um candidato a vice.
"Pode ser que vá, pode ser que não vá", afirmou Serra ontem, em Recife. Ele disse que o partido tem todo o mês de junho para definir. "Vamos trabalhar direito."
Apesar da aparente tranquilidade, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), já convocou uma reunião com aliados para a próxima semana. O principal tema é justamente a escolha do vice. A ideia é insistir em Aécio até convenção. Se não funcionar, a Executiva Nacional deverá escolher o vice.
Serra negou pressão sobre Aécio."Nunca fiz pressão nem retirei pressão de ninguém para ser vice."

VICE IDEAL
No lançamento da pré-candidatura do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) ao governo de Pernambuco, Serra elogiou o também senador do Estado Marco Maciel (DEM), que, segundo ele, criou um padrão como vice-presidente: "Discreto, cooperativo e de confiança".
"A pior coisa que tem para um político que está no governo é ter um vice que faz aporrinhação, porque é infernal", afirmou. "O Marco virou um padrão", disse Serra, olhando para o senador, sentado ao seu lado.
Donos de forte personalidade, o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-presidente Itamar Franco (PPS-MG), cotados para vice, não atendem ao "padrão Maciel".
O nome do ex-ministro Pimenta da Veiga também foi ventilado, pelo fato de ser mineiro. No DEM, os nomes em estudo são os de José Carlos Aleluia (BA), José Agripino Maia (RN) e Kátia Abreu (TO).
Em entrevista a uma rádio de Recife, Serra se eximiu de culpa por eventuais transgressões eleitorais cometidas na propaganda do DEM, exibida na noite de anteontem. Ele atribuiu a responsabilidade ao aliado e disse que não gravou para o programa.
"Não vi [a propaganda], mas não gravei diretamente para o programa", afirmou. "Se a Justiça achar algo errado, a gente vê o que faz."
"Mas a responsabilidade no caso é do próprio partido que fez o programa, porque minha imagem foi utilizada, acho isso perfeitamente normal", declarou Serra.


Colaborou CATIA SEABRA, de São Paulo


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