São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011

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EM CIMA DA HORA COTIDIANO

Com flores e bom humor, Marcha da Liberdade toma a av. Paulista

DE SÃO PAULO

A Marcha da Liberdade tomou a avenida Paulista às 16h03 de ontem sob os gritos de protesto de "É proibido proibir" e "Direito de pensar e de expressar".
O ato de repúdio à proibição da Marcha da Maconha no último dia 21, que acabou em pancadaria e três presos, só aconteceu depois de um acordo dos organizadores com a Polícia Militar.
Cerca de 250 PMs foram destacados para garantir o cumprimento do mandado de segurança concedido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Na noite de sexta-feira, o desembargardor Paulo Antônio Rossi proibiu a nova manifestação.
"Combinamos que a polícia não iria agir se os manifestantes não portassem nenhum material que fizesse alusão às drogas", explicou Gabriela Moncau, que participou da reunião com a PM, logo no início da tarde.
Em nota, a organização da marcha reforçou a convocação aos manifestantes, qualificando a decisão judicial de "absurda" e um "atentado à liberdade de expressão".
Na concentração embaixo da marquise do Masp, os manifestantes pintavam cartazes que apelavam para o humor. "Se eu fumar grama e der barato, eu vou preso?", dizia um deles exibido diante de policiais enfileirados.
No lugar dos clássicos bordões que embalam passeatas dos defensores da legalização da maconha, como o "Legaliza já", surgiam cartazes com os dizeres "Frango Frito Já" e "Legalize a liberdade".
O tom de ato pacífico foi dado também pelas flores distribuídas pelos organizadores. Crisântemos e margaridas enfeitavam mochilas e bolsos das cerca de 4 mil pessoas que iniciaram a marcha, segundo os organizadores.
Já a PM calculou em mil o número de manifestantes que ocuparam as duas faixas da Paulista no início do protesto. Por volta das 18h, quando a marcha chegava ao final da Consolação ocorreu o único incidente e dois jovens foram presos. "Eles se identificaram como punks e tentaram agredir os manifestantes", explicou o explicou o capitão Carlos José Brito. Foram levados para o 78º DP.
A marcha autointitulada "contra a caretice" acabou na praça da República.


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