São Paulo, domingo, 29 de maio de 2011 |
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Skaf brigará com Chalita para ser candidato em 2012 Em desvantagem no PMDB, empresário manda recado ao colega e diz que é cedo para "fulanizar" a escolha da sigla "O meu nome está à disposição do partido", diz presidente da Fiesp sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo
DANIELA LIMA DE SÃO PAULO Recém-filiado ao PMDB, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, não faz o tipo radical. Diante de questões polêmicas, evitar ser taxativo. Mas ao seu modo, em entrevista à Folha, ele envia um recado ao futuro colega de partido, deputado federal Gabriel Chalita, que ingressará na legenda no próximo sábado. "É cedo para fulanizar a eleição de 2012", diz. Ambos trocaram o PSB pelo PMDB, com a promessa de que seriam os escolhidos para promover a reestruturação da legenda em São Paulo. Havia, porém, um consenso de que Chalita seria o nome do partido para a sucessão de Gilberto Kassab, e Skaf o cotado para disputar o governo do Estado, em 2014. Mas, com pesquisas de intenção de voto nas mãos, o empresário se recusa a apontar Chalita como nome natural do PMDB para 2012. "Temos um ano e meio. A política é dinâmica", avalia. O convite Em 2008 o vice-presidente Michel Temer me convidou para ingressar no PMDB, com a intenção de me lançar candidato ao governo. O partido vivia um momento diferente e o acordo não prosperou. Me filiei ao PSB em 2009, um partido que foi muito correto comigo. Em janeiro deste ano, o Temer renovou o convite. Como era minha intenção e o partido tem o desafio da reconstrução no Estado pela frente, aceitei. Campanha ao governo Em 2010, com um minuto de TV e um grau de conhecimento pequeno, eu saí para a disputa com 1% nas pesquisas, e cheguei ao fim da eleição com 4,5% dos votos. Para minha surpresa, há alguns dias, abro um jornal e vejo uma pesquisa para a sucessão na Prefeitura, na qual fui apresentado como candidato e apareci com 8%. No mesmo cenário, Chalita tem 6%. Vi que a política é um caminho. Chalita 2012 Uma candidatura não deve ser fulanizada. Não importam os interesses pessoais, mas os interesses do partido. O bom candidato é aquele que, no momento certo, reúne mais condições de ganhar a eleição. A decisão é do partido, 2014 também está muito longe. Hoje o meu nome está à disposição do PMDB. Prefeito Kassab O que eu sinto é que nas últimas pesquisas houve uma queda na avaliação do prefeito, ele está num momento ruim. Isso na avaliação como gestor. Como político, com a articulação para criar o PSD, mostrou-se rápido, eficiente. Acordo com PMDB Há uma intenção de ter candidatura própria à Prefeitura. Em janeiro, o Temer me convidou para ser o candidato. Fechamos em maio, e nesse intervalo houve conversas com o Chalita. Qual é o nível desse comprometimento, deve-se perguntar a eles. Mas temos um ano e meio pela frente. A política é dinâmica. Não estou me colocando como pré-candidato. Só estou dizendo como é a realidade da política. Texto Anterior: Com flores e bom humor, Marcha da Liberdade toma a av. Paulista Índice | Comunicar Erros |
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