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SABATINA FOLHA ALOIZIO MERCADANTE
Mercadante ataca oligarquia tucana e tenta colar em Lula
SENADOR CRITICA O "PREÇO ABUSIVO" DOS PEDÁGIOS NO ESTADO
CANDIDATO QUER DEFINIR MORUMBI COMO ESTÁDIO DA COPA
"TEM DE TER AVALIAÇÃO", AFIRMA PETISTA SOBRE EDUCAÇÃO
O candidato do PT ao governo de São Paulo, senador Aloizio Mercadante, concentrou-se em duas
estratégias, ontem, ao participar de sabatina promovida pela Folha e pelo UOL.
Primeiro, vinculou seu nome aos projetos do governo federal e ao presidente Lula, de quem disse
ter uma trajetória indissociável. Em outra frente,
atacou as gestões do PSDB, e acusou o partido de
tirar vantagem da máquina pública. "Essa estrutura é muito forte. É muito difícil se contrapor a isso."
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, será sabatinado hoje, a partir das 11h.
Mocyr Lopes/Folhapress
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Senador Aloizio Mercadante na sabatina feita no Teatro Folha
DE SÃO PAULO
O senador Aloizio Mercadante foi sabatinado no Teatro Folha, ontem, pelos jornalistas Fernando Canzian,
repórter especial da Folha,
Denise Chiarato, editora de
Cotidiano, Mônica Bergamo, colunista do jornal, e Irineu Machado, editor-executivo do UOL Notícias.
Na plateia do candidato,
estavam o presidente do PT
de São Paulo, Edinho Silva, e
o senador Eduardo Suplicy
(PT). Os candidatos ao Senado da aliança, Marta Suplicy
(PT) e Netinho de Paula (PC
do B) não foram ao evento.
Mercadante minimizou
rumores de que a relação
com Marta estaria trazendo
problemas para a campanha: "Ela foi uma grande
prefeita. São Paulo vai eleger
pela primeira vez um mulher
e um negro para o Senado".
Hegemonia do PSDB
A oligarquia mais longa da
história política recente é a
do PSDB em São Paulo. Mas
as pessoas estão muito insatisfeitas. São Paulo demorou
muito tempo para confiar
que o Lula seria um grande
presidente. O Brasil demorou. A estratégia do medo
sempre foi muito presente. E,
no entanto, hoje, o Brasil
aplaude o governo Lula. Por
isso estou muito motivado.
Pedágios
Existe uma cláusula de
equilíbrio econômico financeiro nos contratos. Nós podemos prorrogar um contrato reduzindo as tarifas. E, a
médio prazo, instalar o sistema de pagamento pelo quilômetro efetivamente rodado.
O pedágio ajuda a manter,
ajuda. Mas não com preço
abusivo. Eles criaram um pedágio a cada 40 dias.
Copa
A primeira coisa que eu
vou fazer quando vencer essa
eleição é sair do muro. Não
dá para governar em cima do
muro sempre. Eu definiria o
mais razoável, e o mais razoável é o Morumbi. Se a iniciativa privada quiser fazer
um outro estádio, o Piritubão, ótimo. Se estiver pronto
a gente pode analisar.
Aprovação automática
Vai ter avaliação no meu
governo. O ser humano precisa de desafio. Tem que ter
avaliação. Não é para reprovar, mas para quando tiver
deficiência, você corrigir e
implantar uma política verdadeira de reforço escolar.
Professores
Tem que começar pela carreira, pela valorização profissional, e pelo salário. Nós temos um dos piores salários
do país. E vou dar um laptop
para cada professor. Vou colocá-los no século 21.
Banco estadual
Sou favorável a criar uma
agência de desenvolvimento, que faça interlocução com
o BNDES, com o Banco Mundial, e ajude a ter linhas próprias de financiamento para
projetos estruturantes. Não
necessariamente será um
banco de investimento. Mas
como banco de fomento.
Interiorização
É preciso dar incentivo fiscal para a vocação econômica da região, fonte de financiamento público e projetos
estruturantes. E criar um
Conselho de Desenvolvimento Econômico Social, o mesmo que o Lula criou, em cada
região administrativa.
Segurança
Vamos aumentar a jornada de trabalho da PM. Prefiro
pagar mais para o policial
trabalhar fardado, aumentando o efetivo. Na Polícia Civil, investir na inteligência.
Drogas
Nós precisamos, dentro do
SUS, de um sistema de tratamento de quimiodependentes. E temos que articular política educacional, de saúde
pública e de assistência social para enfrentar a droga.
Trem-bala
O PSDB é contra mas é um
grande projeto. São R$ 30 bilhões de investimento no período de cinco, seis anos. Isso
vai transformar a economia.
Vai dar um transporte seguro, barato, e que vai interiorizar o desenvolvimento.
Dossiê em 2006
Não tive nenhum envolvimento, tanto que o Ministério
Público disse que não existia
nenhum indício de participação do Mercadante. O Supremo, por unanimidade, arquivou e anulou qualquer menção ao meu nome.
Irrevogável
Eu falei o que estava sentindo. "Gente, vou anunciar
a minha renúncia e não volto
à liderança." Era o que achava que tinha que fazer.
E não fiz pelo projeto que
representamos e a minha relação com o presidente Lula.
Meu sentimento era menor
do que a tarefa que tínhamos
pela frente.
Infiéis
No PPS, no DEM e no PSC
tem prefeito conosco. Por
que tem tanta dissidência do
lado de lá nos apoiando? Porque as pessoas querem mudar São Paulo. Elas olham o
governo Lula e falam: "Nós
queremos essa experiência
exitosa do Brasil em sintonia
com São Paulo".
Habitação
Há áreas ociosas no centro
de São Paulo. Se gerar moradia no Centro, vou reduzir a
necessidade de mobilidade.
Por que o Minha Casa, Minha
Vida não chega lá?
É muito mais inteligente
usar a infraestrutura que está
desperdiçada.
Marta Suplicy
Quem faz o jingle é o publicitário, não o candidato. Vou
me dedicar muito à eleição
da Marta ao Senado.
Ela foi uma ministra eficiente e uma prefeita que deixou marcas que o tempo não
vai apagar, como o Bilhete
Único.
Veja a íntegra da sabatina
com Aloizio Mercadante
www.folha.com.br/mm774045
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