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Serra diz que não dá para "terceirizar" o governo do país
Tucano afirma que é "ingenuidade" achar que Lula vai deixar a Presidência e continuar a administrar "de fora'
Ex-governador diz que violação de sigilo de 4 pessoas ligadas ao PSDB é "crime" para ajudar
candidatura de Dilma
DE RIBEIRÃO PRETO
DO ENVIADO ESPECIAL A CASCAVEL
O candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, disse
ontem em Ribeirão Preto (SP)
e em Cascavel (PR) que um
"presidente não governa terceirizando". "É uma ingenuidade de muitos achar que o
Lula, terminando o mandato, saindo do Palácio do Planalto em 1º de janeiro, vai governar o país de fora."
Ele fez uma analogia com
o futebol. "Imagine um técnico de futebol que vai bem em
um time e depois resolve sair
para o exterior, mas diz à torcida que vai orientar um
substituto em todas as partidas. Não tem cabimento. Isso
é o que está colocado no
país", disse, em Ribeirão.
Serra disse que a quebra
do sigilo fiscal de quatro pessoas ligadas ao PSDB por
funcionários da Receita Federal foi um "crime contra a
Constituição" em "benefício
da campanha [de Dilma]".
"O governo usa a máquina
para invadir a vida íntima de
qualquer brasileiro. Como
disse a Marina Silva [candidata à Presidência pelo PV],
se estão fazendo isso na campanha, imagine como será
depois da eleição", afirmou.
Questionado em Cascavel
sobre o passado de Dilma, o
tucano se disse preocupado
com o ela "pensa hoje".
"Sou sincero, me preocupa muito mais a Dilma de hoje que seu passado. Ora ela
fala a favor do aborto, ora
não se define. Ora prega a liberdade de imprensa, e sua
campanha faz jogo sujo . Não
consigo entender qual o projeto de Brasil dela, o que ele
pensa sobre a agricultura,
por exemplo", afirmou.
Dilma tem dito ser "pessoalmente" contra o aborto,
mas que, se for eleita, tratará
o tema como "caso de saúde
pública".
(ARARIPE CASTILHO E JOSÉ MASCHIO)
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