São Paulo, segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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OUTRO LADO

Busca por mídia local é "natural", diz Planalto

Problemas regionais interessam mais às emissoras de rádio que os casos de corrupção em Brasília, diz governo

DE SÃO PAULO

A Secom (Secretaria de Comunicação Social) afirma que a agenda de entrevistas de Dilma Rousseff a rádios regionais é "natural" e não obedece a uma estratégia para gerar uma agenda positiva em tempos de crise.
De acordo com o órgão, as visitas foram programadas para o segundo semestre porque, nos primeiros seis meses, ela ainda estaria concluindo obras e programas da administração do ex-presidente Lula. Agora, Dilma se sentiria à vontade para expor os planos de sua gestão.
A assessoria da presidente informou que as entrevistas se concentram em problemas locais porque eles seriam os que "realmente interessam" à população.
Isso explicaria por que as conversas evitam temas incômodos, como as suspeitas de corrupção na Esplanada e as crises com siglas aliadas.
Os radialistas convidados para entrevistar Dilma seriam livres para abordar os temas de seu interesse, sem restrições. O Planalto afirmou ainda que considera as rádios regionais o melhor veículo para alcançar a população de áreas rurais que ela visitou recentemente.
As emissoras seriam escolhidas por critérios de audiência e prestígio local.
Nesta semana, Dilma fará viagens oficiais a Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e deve voltar a falar a rádios regionais.
Segundo a Secom, ela não faz restrições ao trabalho da imprensa nacional e atende jornalistas desses veículos na medida do possível.
Sobre o fato de ter proibido a gravação de áudio e vídeo de uma conversa em julho com representantes de quatro jornais, incluindo a Folha, a Secom afirmou que existem várias modalidades de entrevista, e que cabe ao órgão decidir o mais conveniente a cada momento.
A Presidência informou que não há uma data prevista para Dilma dar sua primeira entrevista coletiva tradicional, com tema livre e repórteres de vários veículos.


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