São Paulo, quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

'Não tenho que me desculpar', diz Calmon

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou ontem à Folha que não recuará das declarações que fez sobre a magistratura brasileira.
"Eu não tenho que me desculpar. Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi todos os juízes do país. Eu não fiz isso de maneira nenhuma. Eu quero é proteger a magistratura dos bandidos infiltrados", disse.
"A quase totalidade dos 16 mil juízes do país é honesta, os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%, mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário", reiterou a corregedora.
Segundo a ministra, todos precisam perceber que "a imagem do Judiciário é a pior possível, junto ao jurisdicionado [público que recorre aos tribunais]".
"Eu quero justamente mostrar que o próprio Judiciário entende e tenta corrigir seus problemas." Sobre o julgamento de ação no STF (Supremo Tribunal Federal) que poderá limitar os poderes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ela disse que está muito triste.
"As portas estão se fechando. Parece haver um complô para que não se puna ninguém no Brasil." A expectativa era de que a ação, proposta pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), fosse discutida na sessão plenária do STF de ontem, mas não entrou na pauta de julgamentos.
Em recente entrevista, Calmon fez ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de juízes de tentar reduzir o poder de investigação do CNJ.


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Frase
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.