São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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Após cirurgia delicada, Alencar deve ficar mais dez dias internado

Vice-presidente luta há anos contra câncer na região do abdome

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

O vice-presidente da República, José Alencar, pode ter alta em até dez dias, informou ontem a equipe médica que o atende no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Alencar foi submetido no sábado a uma cirurgia de cinco horas, classificada como de alto risco pelos médicos, para desobstruir o intestino.
Ontem, em entrevista, o cirurgião Raul Cutait disse que foram retirados dois nódulos e 20 centímetros do intestino delgado de Alencar. O vice-presidente foi internado na última terça-feira com quadro de suboclusão intestinal (obstrução do órgão).
Segundo a equipe médica, ao final da cirurgia, Alencar sofreu uma arritmia cardíaca, que foi contornada.
Em internação anterior, o vice-presidente sofreu um infarto agudo do miocárdio. Por isso, haverá agora um acompanhamento especial da situação cardiológica, já que os medicamentos aplicados após a cirurgia causam reações no coração.
Segundo os médicos, Alencar está lúcido e, ontem pela manhã, mostrou boa disposição. Os médicos afirmaram que o tratamento de quimioterapia será retomado "o mais rápido possível".
O vice-presidente luta contra um câncer na região do abdome há 15 anos. Há quatro, trava uma batalha contra um sarcoma no intestino.
Foram retirados o nódulo principal e um segundo, para reverter a obstrução.
O vice-presidente se recupera na UTI Cardiológica do Sírio-Libanês e deve ser transferido para uma unidade de terapia semi-intensiva até amanhã, de acordo com previsão do cardiologista Roberto Kalil Filho.
Na tentativa de evitar o procedimento, a equipe médica tentou reverter a obstrução do intestino com medicamentos. Sem sucesso, não teve outra opção senão a cirurgia. O presidente Lula foi informado sobre o quadro de Alencar ainda anteontem, logo após a cirurgia.
"Eu liguei para ele para informá-lo. O presidente disse que quer descer a rampa com José Alencar [quando entregar o cargo a Dilma Rousseff] e se depender de nós ele vai fazer isso", afirmou Cutait.


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