São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

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NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br

Crise diplomática

derspiegel.de


Desta vez o WikiLeaks soltou os documentos via "Guardian", "New York Times", "Der Spiegel", "Le Monde" e "El País".
O jornal britânico foi o que deu mais criticamente, com a manchete "Vazamento de despachos dos EUA detona crise diplomática global", destacando a espionagem de diplomatas da ONU e a pressão saudita por ataque americano ao Irã.
O "NYT" foi mais contido, "Despachos vazados desvendam diplomacia dos EUA", justificando serem textos de uma "era de guerra e terrorismo" e com uma "visão franca " sobre Irã etc. Sublinha que os diplomatas tiveram ampliado seu "papel de espionagem ".

 


A revista alemã dá na capa (acima) a opinião americana sobre líderes como a primeira-ministra Angela Merkel, que "evita riscos e raramente é criativa". No site, "A visão do mundo por uma superpotência".
No jornal francês, "As revelações do WikiLeaks dos bastidores da diplomacia americana". No espanhol, "Os segredos da diplomacia dos EUA, a descoberto".

// "NYT" & CASA BRANCA
Segundo o próprio WikiLeaks, o "NYT" recebeu os documentos na segunda e no mesmo dia informou o conteúdo à Casa Branca, que iniciou operação para controlar danos, inclusive repassando informações a vários países. O governo britânico, depois, ameaçou "Guardian" e outros com processos. E o "Guardian" postou o material dizendo, em nota, que não soltaria "alguns despachos" devido às "leis que impõem um ônus especial sobre as publicações britânicas".
O "NYT" postou nota dizendo que, "por temerário que seja publicar este material contra objeções oficiais, seria presunçoso concluir que os americanos não têm direito de saber o que é feito em seu nome". "Le Monde" e "El País" postaram justificativas semelhantes.

// AMORIM, "PENSADOR GLOBAL"

Edel Rodriguez/foreignpolicy.com


Dividindo a capa da nova "Foreign Policy" com Bill Gates, Warren Buffett, Barack Obama, Ben Bernanke, Hillary e Bill Clinton, entre outros, o chanceler brasileiro Celso Amorim foi eleito o sexto "pensador global" pela revista americana. Seu perfil diz que foi escolhido "por transformar o Brasil em um ator global".
Com a ilustração ao lado, Amorim concede longa entrevista, a principal da edição de dezembro, à própria editora da "FP", Susan Glasser, que viajou a Brasília para falar com ele. Defende o potencial do Brasil como mediador global. A lista traz ainda, em 32º lugar, com outros três ambientalistas, Marina Silva.

foreignpolicy.com
INFLUÊNCIA
A "FP" ouviu seus eleitos para a lista de "líderes que mais influenciaram" no ano. Pela ordem, Ahmadinejad, Lula e os chineses Hu Jintao e Wen Jiabao

O DIA Sob o enunciado "O momento multipolar chegou _e não é nada como os americanos imaginaram", Parag Khanna escreve na "FP" que a "marca" de que a nova ordem mundial era de verdade foi "o dia em que o Brasil e a Turquia se juntaram" para propor um acordo nuclear com o Irã.

CRISE NOVA Também na edição, Ian Bremmer, da consultoria de estratégia Eurasia, se pergunta se "o mundo vai conseguir evitar uma nova crise". Contrasta os problemas de EUA e Europa com as "perspectivas ensolaradas" de Índia, Brasil, Turquia, "liderados pela China", e prevê "conflitos".

latintrade.com
DIFERENÇA
Visto como descartado por Dilma Rousseff no Brasil, Amorim acumula entrevistas e premiações, do espanhol "La Vanguardia" à revista americana de comércio hemisférico "Latin Trade". Na capa mais recente, semanas atrás, a "LT" elegeu o chanceler como "líder inovador do ano", justificando ser "um diplomata que faz a diferença"

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