São Paulo, sábado, 30 de abril de 2011

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Contas do governo no trimestre têm recorde

Após um ano de 2010 no vermelho, Estados e cidades equilibram finanças

Segundo o BC, economia mais aquecida elevou arrecadação; além disso, governantes estão gastando menos

LORENNA RODRIGUES
DE BRASÍLIA

Depois de um ano de 2010 no vermelho, Estados e municípios mostraram recuperação em seus resultados no primeiro trimestre e fecharam as contas com um saldo recorde para o período.
Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central, somado ao bom desempenho da União, o resultado das contas públicas no primeiro trimestre alcançou 4,2% do PIB (Produto Interno Bruto), nível que não era atingido desde o período que antecedeu a crise de 2008.
No trimestre, os governos estaduais e municipais tiveram superavit primário- antes do pagamento dos juros da dívida- de R$ 13,6 bilhões. A economia supera em 48% a registrada em igual período de 2010.
De acordo Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, a melhoria se deve a um aumento na arrecadação estimulada pela economia aquecida. Além disso, observa, a maioria dos governadores estão no primeiro ano de gestão, quando costumam "arrumar a casa":
"A hipótese é de que certamente há uma reorganização nas finanças do governo", afirma Maciel.
Para o analista da consultoria LCA, Bráulio Borges, outro fator que influenciou foi o reajuste menor do salário mínimo neste ano.
"O reajuste foi de praticamente zero. Isso ajuda nas finanças dos municípios", diz.
Segundo Borges, as contas estão voltando aos patamares de 2008. No primeiro trimestre, a economia da União, governos regionais e estatais foi de R$ 39,2 bilhões, o que já garante quase um terço da meta oficial do governo para o ano.
Em março, a economia total do setor público foi a maior da série histórica do Banco Central para o mês. A cifra também foi de R$ 13,6 bilhões. A dívida líquida do setor público alcançou 39,9% do PIB, mesmo patamar previsto pelo BC para abril. Em 2010, a dívida fechou o ano em 40,2% do PIB.


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