São Paulo, quinta-feira, 30 de junho de 2011 |
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Após usar jato de Eike, Cabral propõe "código de conduta" Governador do Rio afirma que vai propor limites aos gestores públicos Peemedebista diz que não há relação entre o benefício à Michelin com a doação feita pela empresa à campanha DO RIO O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), afirmou ontem que quer "rever" sua conduta na relação pessoal com empresários e sinalizou com a criação de um "código" para estabelecer limites aos gestores públicos. O peemedebista disse, porém, que sempre separou a "vida privada" da "pública". "Jamais tomei uma decisão sequer da minha vida pública misturando com a minha vida privada. Há de fato uma discussão sobre isso. E quero assumir também esse debate de um código de conduta, quais são os limites." As declarações foram dadas em entrevista à rádio CBN, a primeira desde o acidente do dia 17, que revelou sua relação próxima com empresários. Ele pediu emprestado jatinho de Eike Batista (cujas empresas têm obras a serem licenciadas no Rio) para ir à Bahia comemorar aniversário de Fernando Cavendish, dono da Delta -empreiteira com cerca de R$ 1 bilhão em contratos com o Estado. Cabral afirmou que pediu ao chefe da Casa Civil, Régis Fichtner, que debata com os deputados estaduais a criação do código de conduta. Citou como exemplo regra federal criada no governo FHC. Ele achou "absurdo", contudo, relacionar a amizade com Cavendish, "anterior ao meu mandato", e o aumento no volume de contratos entre a Delta e o governo: "Vem ocorrendo no Rio crescimento econômico e um volume de obras que aumentou muito no nosso governo. A Delta tinha 80% de seu faturamento há 11 anos atrás no Rio. Hoje tem menos de 25%", disse o governador à rádio CBN. Ele considerou uma "ilação absolutamente desrespeitosa" vincular o benefício dado à Michelin com a doação feita pela empresa à sua campanha de reeleição. A Folha revelou que decreto de Cabral autorizou à fabricante de pneus acesso a financiamento de R$ 1 bilhão dois meses após receber R$ 200 mil para sua campanha. "A Michelin tem quatro grandes fábricas no Rio. Duas fomos nós que trouxemos. E conseguimos uma coisa muito importante para o Rio. A Michelin tem o Guia Verde. Nunca uma cidade da América Latina havia recebido um guia desses. Nós conseguimos. "Ah, isso tem a ver com o apoio dado na campanha". Pelo amor de Deus." Texto Anterior: Pequenas empresas ampliam demanda por financiamentos Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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