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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
Campanha de Dilma cria G7 para centralizar decisões
Núcleo que define estratégias não conta com membros de partidos aliados
Além da candidata e
de Lula, cúpula inclui Dutra, Palocci, Franklin Martins, João Santana
e Gilberto Carvalho
ANA FLOR
DE SÃO PAULO
A campanha petista ampliou há poucas semanas sua
coordenação política para integrantes de partidos aliados, mas quem dá as cartas
na estratégia eleitoral há pelo menos seis meses são apenas sete pessoas.
Sob a liderança do presidente Lula e a chancela da
candidata Dilma Rousseff, a
cúpula inclui o ex-ministro
Antonio Palocci, o presidente do PT, José Eduardo Dutra,
o publicitário João Santana,
o ministro Franklin Martins
(Comunicação Social) e Gilberto Carvalho, chefe de gabinete do presidente.
Foi nos jantares semanais
no Palácio da Alvorada que
se decidiu as alianças nos Estados -Minas, por exemplo,
consumiu horas de debates.
Na última reunião do grupo, dia 19 -ela não ocorreu
nesta semana- ficou definido que o PT não iria entrar
com representação no Conselho Nacional do Ministério
Público contra a vice-procuradora-geral eleitoral Sandra
Cureau.
Um dia após o encontro,
tanto Dilma como Dutra já
apresentavam um discurso
mais ameno em relação ao
episódio. Cureau fez críticas
à participação de Lula na
campanha presidencial.
Outra decisão tomada pelo
núcleo é a agenda política do
presidente durante a campanha, a agenda de Dilma e os
compromissos em que ambos participariam juntos.
As reuniões se iniciaram
no final de 2009 e desde fevereiro deste ano se tornaram
semanais. O encontro ocorre
em geral em um jantar no Alvorada no domingo ou na segunda. Entre terça e quarta
se reúne o grupo ampliado,
com outros petistas e aliados.
LULA
Os jantares são de conhecimento de líderes do PT. Petistas que não fazem parte do
grupo justificam dizendo que
essa é a única forma de Lula
se envolver na campanha.
Desde o início da pré-campanha, quando Dilma começou a viajar pelo país, seus
encontros com Lula, que
também tem uma agenda de
viagens intensa, são garantidos pelo encontro semanal.
As reuniões sempre têm
uma análise de conjuntura,
onde se debatem pesquisas e
comportamento da oposição.
Segundo um líder petista,
as reuniões começaram
quando a aliança ainda não
estava formalizada, por isso
se restringiu ao PT.
Outro líder afirma que,
com a entrada da coordenação política, que reúne representantes dos outros nove
partidos, as decisões tendem
a ficar "diluídas".
A principal consequência
das reuniões do G7 é enfraquecer os demais grupos
-além do conselho político,
há a recém-criada "coordenação operativa". Aliados dizem estar insatisfeitos. Eles
têm pouco acesso a Lula e
Dilma não participa regularmente dos encontros.
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