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PT diz que irá à Justiça quando houver "ofensa"
Dutra afirma que acionará empresa de comunicação que "extrapolar liberdade de expressão"
DE BRASÍLIA
O presidente nacional do
PT, José Eduardo Dutra, afirmou ontem que o partido vai
questionar na Justiça "tudo
que extrapolar a liberdade de
expressão".
Um grupo de técnicos da
campanha presidencial de
Dilma Rousseff faz monitoramento diário de notícias com
atenção especial para matérias editorializadas.
O petista negou que o trabalho tenha relação com censura ou controle da mídia.
"Nós estamos agindo dentro da lei. A lei prevê que não
se pode fazer campanha negativa. Não há nem nunca
houve nenhuma intenção do
PT em fazer algum controle
ou judicializar a campanha.
Agora, todas as vezes que
nos sentirmos ofendidos, vamos questionar", disse.
Dutra, no entanto, não
quis avaliar a cobertura da
campanha eleitoral pelos
principais veículos de comunicação do país.
"Quando eu faço uma crítica específica, dizem que estou criticando toda a mídia,
então é melhor não falar."
Como parte dessa estratégia, o PT entrou na Justiça
Eleitoral com três pedidos de
direito de resposta.
Uma ação pediu que a
Folha.com retirasse um vídeo com acusações feitas
contra o partido por Indio da
Costa (DEM-RJ), vice do candidato tucano à Presidência,
José Serra. A ação foi negada.
O PT entrou com outros
dois pedidos de direito de
resposta contra a Editora
Abril, por reportagens publicadas pela revista "Veja".
Uma delas pelas acusações do candidato a vice na
chapa de Serra de que o partido teria ligações com as Farc
(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Para o PT, a revista assumiu, em reportagem, que
editorialmente concorda
com o deputado.
Na outra ação, o PT sustenta que a revista assume como
verdade a existência de um
grupo dentro da campanha
de Dilma para confeccionar
dossiês, o que é negado pela
coordenação.
(FELIPE SELIGMAN E MÁRCIO FALCÃO)
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