São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Últimos lances

No topo das buscas de Brasil no Google News, com agências, "Pesquisas mostram que Rousseff evitaria segundo turno". Sem atenção às pesquisas, na home do "Washington Post", o enviado Juan Forero ouviu analistas para destacar que, "No rastro do popular presidente brasileiro, espera-se vitória de ex-radical". O texto abre avisando que Lula não se candidatou, "mas você nem perceberia", tamanha a presença na campanha. E faz longo perfil de Dilma.
O presidente prosseguiu na campanha, ontem, em comercial contra aqueles que vêm "do submundo da política para inventar mentiras", contra os e-mails com boatos de cunho religioso contra Dilma.
A reação de Lula foi citada aqui e ali, mas os portais fecharam o dia com outra manchete. Por G1 e Terra, ambos destacando Gilmar Mendes, o Supremo adiou a decisão sobre os documentos. No início da noite, "Gilmar Mendes" liderou os "trending topics" do Twitter no mundo, em meio a palavrões.

REALITY VS. DEBATE
A Record programou a primeira eliminação do reality show "A Fazenda" para hoje à noite, no horário do debate presidencial na Globo, informou o iG.
Segundo a "Veja", o debate entre governadores, anteontem na Globo, não passou de 17,5 pontos em São Paulo, contra 20 da estreia de "A Fazenda".

ESPERANÇA DEMAIS
ft.com
O "Financial Times" deu a contracapa ontem para as "Grandes esperanças" em torno do Brasil, a um passo da eleição. Repisa conquistas do país, mas destaca que o sucessor de Lula "terá trabalho", porque continua injusto etc. Sublinha que deve evitar "hubris", excesso de confiança, um alerta feito pela "Economist" já no ano passado, na edição "O Brasil decola"

"WHAT'S A GIRL TO DO?"
David J. Rothkopf, ex-integrante do governo Bill Clinton e referência da "Foreign Policy", escreveu sobre "Os desafios de escolher o predecessor certo". Avisa que Dilma "pode estar começando com um ponto contra", pois Lula "é talvez o espetáculo mais difícil de substituir no mundo". Diz que, "apesar dos esforços de alguns analistas em derrubá-lo um ou dois degraus, o carismático presidente do Brasil fez trabalho notável", que incluiu "boom econômico, grandes reformas sociais e a elevação do país aos rankings mais altos das nações no mundo".
E "a pergunta é: O que uma garota pode fazer?". A exemplo do "FT" (acima), afirma que Dilma deve "herdar um país com grandes expectativas". Mas avalia que, "cercada pela equipe talentosa que produziu tanto progresso no Brasil nos últimos oito anos, ela está bem posicionada para manter o impressionante momento do país".

DESAFIOS
Em série de entrevistas sobre "O que falta ao Brasil?", a BBC ouviu de Michael Reid, da "Economist", que o próximo presidente precisa "evitar que a receita do petróleo corrompa as instituições públicas" e "aprofundar a qualidade da educação pública".
Salil Shetty, da Anistia Internacional, afirma que "deve ampliar esforços contra a desigualdade, como Bolsa Família", para aproveitar a chance histórica de romper "o longo legado de discriminação e violação dos direitos humanos dos cidadãos mais pobres".
Jim O'Neill, do Goldman Sachs, dá só "um pequeno conselho: não baseie o crescimento em modelos que não funcionaram bem no mundo", neste momento de transição de "emergente" para "industrializado".
Entre diversos outros, Detlef Nolte, do Instituto Alemão de Estudos Globais, insiste que "reduzir a diferença entre ricos e pobres é ainda o maior desafio para o Brasil se tornar realmente um país desenvolvido".

DIANTE DA GUERRA CAMBIAL
Martin Wolf dedicou a sua coluna de ontem no "FT" e uma longa entrevista ao "Valor" para comentar a "guerra cambial mundial", denunciada pelo ministro Guido Mantega, e os riscos para os emergentes. Em suma, ele avalia que o Brasil terá inevitavelmente de administrar o ingresso de capital, para evitar a próxima grande crise que, diz, deve ter como palco um país em desenvolvimento inundado por recursos externos.
Por outro lado, conforta ele, "o consumo interno será a grande saída para sustentar o crescimento".

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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