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Centro de SP é palco de último ato da campanha no 2º turno
DE SÃO PAULO
Em horários diferentes,
aliados de José Serra (PSDB)
e Dilma Rousseff (PT) fizeram
caminhadas ontem no centro
de São Paulo, sem a presença
dos presidenciáveis, que passaram o dia no Rio à espera
do debate da TV Globo.
O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso teve que
abandonar o tumultuado ato
pró-Serra depois de perder a
sola dos dois sapatos. "É bom
gastar sola de sapato em
campanha, né?", brincou
FHC, que saiu antes da metade do percurso de 1,5 km entre o largo São Francisco e a
praça da República.
Ele deixou o calor e seguiu
para o ar-condicionado em
seu instituto, o iFHC, também no centro. Questionado
sobre sua participação tímida na campanha, disse ter
feito "tudo que Serra pediu".
Ele afirmou que acredita
em uma virada do tucano.
"Sou sempre otimista, dá para virar, dá para ganhar."
A caminhada também
contou com o governador
eleito Geraldo Alckmin
(PSDB), o governador Alberto Goldman (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Goldman discursou na escadaria do prédio da Secretaria de Educação. Antes de
discursar, chegou a ficar alguns minutos na escada,
com adesivos de Serra. Saiu
do prédio depois de ser alertado que é ilegal fazer campanha em prédios públicos.
Segundo a PM, cerca de
3.000 pessoas estavam presentes na praça da República. Seguranças e jornalistas
chegaram a se agredir. Também houve confusão entre os
próprios seguranças.
Mais tarde, os petistas fizeram sua caminhada da praça
do Patriarca à praça da Sé.
Em rápido discurso, o candidato a vice Michel Temer
(PMDB) defendeu que Dilma
tente igualar suas intenções
de voto ao índice de aprovação do presidente Lula.
"Não vamos nos contentar
com os 57%. O Lula tem 83%.
Vamos trabalhar para a Dilma ganhar com 83%", disse.
O locutor acusou os tucanos de usar "militantes de
holerite", mas o ato também
teve uma claque paga e uniformizada com camisetas do
PR, além de sindicalistas da
CUT e da Força Sindical.
O candidato derrotado ao
governo Aloizio Mercadante
(PT) pediu um grito em homenagem ao ex-presidente
Néstor Kirchner, morto na
véspera, mas não obteve sucesso. Os petistas discursaram num caminhão estacionado na praça. Ontem, a Lei
Eleitoral só permitia o uso de
microfones em carros de som
em movimento.
A manifestação reuniu
cerca de 1.500 pessoas, segundo estimativa da Polícia
Militar. Não foi registrado nenhum incidente.
(BRENO COSTA E BERNARDO MELLO FRANCO)
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