São Paulo, sábado, 30 de outubro de 2010

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Centro de SP é palco de último ato da campanha no 2º turno

DE SÃO PAULO

Em horários diferentes, aliados de José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) fizeram caminhadas ontem no centro de São Paulo, sem a presença dos presidenciáveis, que passaram o dia no Rio à espera do debate da TV Globo.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve que abandonar o tumultuado ato pró-Serra depois de perder a sola dos dois sapatos. "É bom gastar sola de sapato em campanha, né?", brincou FHC, que saiu antes da metade do percurso de 1,5 km entre o largo São Francisco e a praça da República.
Ele deixou o calor e seguiu para o ar-condicionado em seu instituto, o iFHC, também no centro. Questionado sobre sua participação tímida na campanha, disse ter feito "tudo que Serra pediu".
Ele afirmou que acredita em uma virada do tucano. "Sou sempre otimista, dá para virar, dá para ganhar."
A caminhada também contou com o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB), o governador Alberto Goldman (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Goldman discursou na escadaria do prédio da Secretaria de Educação. Antes de discursar, chegou a ficar alguns minutos na escada, com adesivos de Serra. Saiu do prédio depois de ser alertado que é ilegal fazer campanha em prédios públicos.
Segundo a PM, cerca de 3.000 pessoas estavam presentes na praça da República. Seguranças e jornalistas chegaram a se agredir. Também houve confusão entre os próprios seguranças.
Mais tarde, os petistas fizeram sua caminhada da praça do Patriarca à praça da Sé. Em rápido discurso, o candidato a vice Michel Temer (PMDB) defendeu que Dilma tente igualar suas intenções de voto ao índice de aprovação do presidente Lula.
"Não vamos nos contentar com os 57%. O Lula tem 83%. Vamos trabalhar para a Dilma ganhar com 83%", disse.
O locutor acusou os tucanos de usar "militantes de holerite", mas o ato também teve uma claque paga e uniformizada com camisetas do PR, além de sindicalistas da CUT e da Força Sindical.
O candidato derrotado ao governo Aloizio Mercadante (PT) pediu um grito em homenagem ao ex-presidente Néstor Kirchner, morto na véspera, mas não obteve sucesso. Os petistas discursaram num caminhão estacionado na praça. Ontem, a Lei Eleitoral só permitia o uso de microfones em carros de som em movimento.
A manifestação reuniu cerca de 1.500 pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar. Não foi registrado nenhum incidente. (BRENO COSTA E BERNARDO MELLO FRANCO)


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