São Paulo, domingo, 30 de outubro de 2011

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Outro Enem é tese estapafúrdia, diz Haddad

Ministro, que na sexta-feira evitou a imprensa, falou durante evento do PT com pré-candidatos à Prefeitura de SP

MEC tem até amanhã para se posicionar sobre a anulação parcial ou total do exame, pedida pelo Ministério Público

NATÁLIA CANCIAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O ministro da Educação Fernando Haddad descartou ontem a possibilidade do cancelamento de todas as provas do Enem, como pede a Procuradoria no Ceará.
"Eu não tenho notícia nenhuma de uma tese estapafúrdia como essa", afirmou à Folha na tarde de ontem, durante um evento com pré-candidatos à prefeitura de São Paulo no Itaim Paulista, na zona leste da capital.
A Justiça Federal no Ceará deu até amanhã para o Inep (órgão do MEC responsável pelo Enem) se manifestar sobre pedido do Ministério Público Federal, que quer a suspensão do exame nacional no país ou a anulação das questões vazadas em colégio de Fortaleza, Ceará.
Para Haddad, há apenas duas possibilidades em discussão: a anulação das 14 questões que foram apresentadas a alunos do colégio Christus e a reaplicação do exame para esses alunos.
O MEC prefere a segunda por considerar que o problema se restringiu "a um grupo pequeno em universo de 4 milhões de candidatos".
"Reaplique-se a prova. Não há necessidade de anular as questões", disse Haddad.

VAZAMENTO
O problema no Enem 2011 veio a público depois que alunos do colégio Christus escreveram em redes sociais que um simulado da escola antecipava questões iguais às aplicadas no exame nacional.
Além das 14 questões, pelo menos uma outra também já era conhecida por alunos de Minas Gerais.
Sobre esse caso, o ministro nega que tenha havido vazamento. "Foi feita análise técnica daquela suspeita e ela não se confirmou", disse.
Segundo o ministro, a decisão não cabe ao MEC, mas à Justiça.
Hoje Haddad continua em São Paulo em eventos relativos à sua pré-candidatura.


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