São Paulo, quinta-feira, 31 de março de 2011

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TODA MÍDIA

NELSON DE SÁ nelsonsa@uol.com.br

Yuan, yuan

"China Daily" e outros iniciam cobertura da visita de Dilma, daqui a duas semanas, sublinhando serem "parceiros estratégicos" com "posições idênticas ou similares em muitas questões" na ONU, no G20 etc. Também que a China já é o maior parceiro comercial e o maior investidor no Brasil.
E a Reuters despachou de Pequim que o presidente do fundo soberano "de US$ 300 bilhões" da China, Jin Liqun, recém-chegado de visita ao Brasil, disse estar "preparado para investir mais na América Latina" por estar "confiante nas perspectivas de crescimento". Além do Brasil, "de rápido crescimento", mencionou a Colômbia. "Minha impressão na viagem foi que eles gostariam que investíssemos."
Ao fundo, a Fitch Ratings divulgou que a "nota de Brasil e Colômbia pode subir".

ACOSTUME-SE
foreignpolicy.com
Com a foto, artigo diz que "G20 se tornou a referência da diplomacia internacional"
Colin Bradford, da instituição Brookings, listou as "7 novas leis da era G20". Diz que "o nosso mundo complexo requer um debate complexo -e confuso- e isso é bom". Defende o G20 como "mecanismo poderoso para gerir as disputas na nova ordem mundial". As "leis", pela ordem:
"Desacordos visíveis podem ter efeitos positivos... Mundo não vai se adaptar ao ideal ocidental e a diversidade é boa... Acostume-se a recusas das potências em ascensão [sublinhando a divergência do Brasil com os EUA no Irã]... Encorage assertividade... Dê poder às potências médias".

Dilma vs. Lula
O peruano Alvaro Vargas Llosa, em artigo escrito de São Paulo e distribuído pelo "Washington Post", sobre a visita de Obama, saúda Dilma por "reverter a política externa infantil do predecessor", o "insignificante" Lula. Anota que a China já é o primeiro parceiro comercial do Brasil e planeja com a Colômbia construir uma alternativa ao Canal do Panamá.

Dilma & Lula
Greg Grandin, professor da New York University e autor de "Fordlândia", postou no site da Al Jazeera o artigo "Brasil enfrenta EUA", questionando a "narrativa" da mídia americana para a visita de Obama, que diverge da "realidade". Em suma, "sob Dilma, o Brasil continua amplamente seguindo suas próprias luzes diplomáticas" -da Líbia ao FMI.

OBAMA, PRÉ-SAL & PRÓ-ÁLCOOL
No discurso sobre "segurança energética" em que prometeu reduzir a dependência de petróleo dos EUA em um terço, nesta década, Obama tomou duas vezes o Brasil por referência.
Na reprodução do "New York Times", ele defendeu "examinar países como o Brasil", que "descobriu recentemente reservas significativas -e nós podemos trocar tecnologia para que desenvolvam os recursos". E voltou a dar os biocombustíveis como alternativa: "Se alguém duvida do potencial desses combustíveis, considerem o Brasil. Acabo de estar lá, semana passada. Metade dos veículos do Brasil pode rodar com biocombustível".

OBAMA SOLTOU A CIA
O "NYT" deu na manchete de papel que "Washington debate armar rebeldes líbios" e "alguns temem possíveis laços da Al Qaeda com a revolta". E cruzou o dia destacando, no site, "Forças pró-Gaddafi levam rebeldes a recuo caótico", retomando as cidades de petróleo Ras Lanuf e Brega. Fim do dia, manchete no francês "Le Figaro", "Novo ataque aéreo contra as forças pró-Gaddafi".
Mas agregadores como Real Clear já destacavam à tarde a notícia "exclusiva" da Reuters, de que "duas ou três semanas atrás" Obama assinou "ordem secreta autorizando apoio aos rebeldes" com operações da CIA. Fim do dia, o "NYT" confirmou na submanchete que "CIA está na Líbia ajudando rebeldes, dizem autoridades dos EUA", com "operadores clandestinos" em ações de "inteligência".

PUBLISHER
news.yahoo.com/cutline
Reuters, "Telegraph" e sites de mídia noticiaram a quinta edição da revista da Al Qaeda no Iêmen, voltada ao Ocidente, "a "Vanity Fair" dos jihadistas". Na capa, o "tsunami" árabe e um artigo de Anwar al-Awlaki a "nossos irmãos mujahidin na Líbia e no resto do mundo muçulmano"

Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br


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