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Tucano exonera 8 parentes de assessor em PE
Folha mostrou que funcionários não davam expediente em escritório de Sérgio Guerra
DE SÃO PAULO
O senador Sérgio Guerra
(PSDB-PE), coordenador da
campanha presidencial de
José Serra, exonerou os oito
parentes de um assessor que
estavam lotados em seu escritório de apoio em Recife,
mas que nunca deram expediente. O caso foi revelado
pela Folha em junho.
Os parentes de Caio Mário
Mello Costa Oliveira, uma espécie de faz-tudo do senador
em PE, não davam expediente no local e mantinham ocupações paralelas -embora a
frequência seja exigida por
uma norma do Senado.
A única secretária que trabalhava no escritório de
Guerra disse que nunca tinha
ouvido falar na família.
À época, Guerra, que também é presidente nacional do
PSDB, negou que eles fossem
"fantasmas". Agora, o senador diz que exonerou a família "porque quis exonerar".
"Vou fazer uma reforma
aqui no meu gabinete. Daqui
a cinco meses eu não sou
mais senador. Eu tomei providências para evitar problemas. Tem campanha agora, e
é mais prudente eu limpar isso tudo aqui e pronto", disse.
Guerra chegou a consultar, porém, a área jurídica do
Senado, para saber se o fato
de empregar dois filhos, dois
irmãos, três sobrinhos e uma
cunhada de seu assessor
configuraria nepotismo.
A consulta ao Senado, segundo o senador, resultou
em uma resposta "vaga", o
que, diz ele, também motivou a exoneração.
Segundo entendimento do
CNJ (Conselho Nacional de
Justiça), nem parentes de assessores podem ser nomeados em cargos de comissão.
Guerra tenta vaga na Câmara nas eleições deste ano.
Ele se queixou de adversários
políticos seus estarem usando o caso como ataques durante a campanha.
O senador não soube dizer
a data da exoneração. Seu
gabinete informou que a dispensa foi publicada já no
mês de julho, mas não informou a data exata.
(BRENO COSTA)
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