São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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Dilma promete relação "íntima" com Lula

Candidata diz que vai governar "para todos" e que pretende se relacionar com a oposição de forma republicana

Sem citar as polêmicas sobre aborto e religião, petista afirma que não guarda mágoas pelo que chamou de "calúnias"

DANIELA LIMA
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE

RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE

Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência, prometeu ontem manter uma relação "íntima e forte" com o presidente Lula caso seja eleita hoje a primeira mulher presidente do país. Ela encerrou a campanha com carreata em Belo Horizonte (MG).
Em discurso na linha "paz e amor", a petista prometeu que , se eleita, vai governar "para todos", sem discriminar governadores e prefeitos de partidos adversários. Disse não guardar "mágoas" da disputa, marcada pela animosidade no segundo turno.
Dilma aproveitou o último pronunciamento da campanha para reafirmar os laços com Lula, o grande cabo eleitoral de sua postulação.
"Vou governar com a minha coligação, mas para todos os brasileiros, sem discriminação de partidos. Vou me relacionar com governadores e prefeitos, mesmo de outros partidos, de forma republicana", disse a petista.
A candidata disse ainda que promoverá "não só o desenvolvimento material, mas também de valores".
A declaração foi feita após a petista dizer que não guarda mágoas pelo que chamou de "calúnias" da eleição, sem citar as polêmicas sobre aborto e religião. Dilma defendeu a "tolerância e a capacidade de viver em paz".
Questionada sobre o espaço que Lula terá em sua eventual administração, a petista disse que ele não será "uma presença dentro do ministério", mas que será ouvido.
"Sempre que puder conversarei com o presidente. Terei uma relação muito íntima e muito forte. Não há ninguém neste país que vai me separar do presidente Lula", afirmou a candidata.

MINAS
Dilma escolheu sua cidade natal para terminar a campanha. Após dar entrevista à beira da lagoa da Pampulha, fez carreata na região norte de BH, em periferia que deu a Marina Silva (PV) a vitória no primeiro turno.
A candidata fez questão de ressaltar o início de sua trajetória política em Minas, em protestos contra a ditadura. O Estado é o segundo maior colégio eleitoral do país.
Durante a entrevista, Dilma repreendeu o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) que tentou afastá-la dos jornalistas.
Irritado, Pimentel disse que a agenda estava atrasada e que ela não responderia a perguntas. Dilma retrucou que "todo mundo" poderia perguntar. Depois, pelo Twitter, o ex-prefeito pediu desculpas.
O candidato derrotado ao governo mineiro Hélio Costa (PMDB), ressentido com o PT, não participou do último ato de Dilma.


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