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Dilma promete relação "íntima" com Lula
Candidata diz que vai governar "para todos" e que pretende se relacionar com a oposição de forma republicana
Sem citar as polêmicas sobre aborto e religião, petista afirma que não guarda mágoas pelo que chamou de "calúnias"
DANIELA LIMA
ENVIADA ESPECIAL A BELO HORIZONTE
RODRIGO VIZEU
DE BELO HORIZONTE
Dilma Rousseff, candidata
do PT à Presidência, prometeu ontem manter uma relação "íntima e forte" com o
presidente Lula caso seja
eleita hoje a primeira mulher
presidente do país. Ela encerrou a campanha com carreata em Belo Horizonte (MG).
Em discurso na linha "paz
e amor", a petista prometeu
que , se eleita, vai governar
"para todos", sem discriminar governadores e prefeitos
de partidos adversários. Disse não guardar "mágoas" da
disputa, marcada pela animosidade no segundo turno.
Dilma aproveitou o último
pronunciamento da campanha para reafirmar os laços
com Lula, o grande cabo eleitoral de sua postulação.
"Vou governar com a minha coligação, mas para todos os brasileiros, sem discriminação de partidos. Vou me
relacionar com governadores
e prefeitos, mesmo de outros
partidos, de forma republicana", disse a petista.
A candidata disse ainda
que promoverá "não só o desenvolvimento material, mas
também de valores".
A declaração foi feita após
a petista dizer que não guarda mágoas pelo que chamou
de "calúnias" da eleição,
sem citar as polêmicas sobre
aborto e religião. Dilma defendeu a "tolerância e a capacidade de viver em paz".
Questionada sobre o espaço que Lula terá em sua eventual administração, a petista
disse que ele não será "uma
presença dentro do ministério", mas que será ouvido.
"Sempre que puder conversarei com o presidente.
Terei uma relação muito íntima e muito forte. Não há ninguém neste país que vai me
separar do presidente Lula",
afirmou a candidata.
MINAS
Dilma escolheu sua cidade
natal para terminar a campanha. Após dar entrevista à
beira da lagoa da Pampulha,
fez carreata na região norte
de BH, em periferia que deu a
Marina Silva (PV) a vitória no
primeiro turno.
A candidata fez questão de
ressaltar o início de sua trajetória política em Minas, em
protestos contra a ditadura.
O Estado é o segundo maior
colégio eleitoral do país.
Durante a entrevista, Dilma repreendeu o ex-prefeito
de Belo Horizonte Fernando
Pimentel (PT) que tentou
afastá-la dos jornalistas.
Irritado, Pimentel disse
que a agenda estava atrasada e que ela não responderia a perguntas. Dilma
retrucou que "todo mundo" poderia perguntar. Depois, pelo Twitter, o ex-prefeito pediu desculpas.
O candidato derrotado
ao governo mineiro Hélio
Costa (PMDB), ressentido
com o PT, não participou
do último ato de Dilma.
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