São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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Oposição deve governar metade dos eleitores

Se vencer nos Estados onde lidera a disputa, PSDB conquistará 47,5% do eleitorado; DEM administrará 4,9%

Se as pesquisas forem confirmadas, PSB vai crescer e pode governar até 15% do país, parcela similar às de PT e PMDB

SILVIO NAVARRO
DE SÃO PAULO

Se os resultados das últimas rodadas de pesquisas se confirmarem nas urnas, os dois principais partidos de oposição no plano federal -PSDB e DEM- administrarão 52% do eleitorado do país a partir de janeiro.
De acordo com os levantamentos, dos nove locais (oito Estados e o DF) onde as disputas serão resolvidas no segundo turno, apenas no Amapá e em Roraima foi registrada virada.
No Amapá, Camilo Capiberibe (PSB) passou Lucas Barreto (PTB) na fase final. Em Roraima, Anchieta Júnior (PSDB) passou à frente de Neudo Campos (PP), mas em cenário de empate técnico.
As pesquisas apontam empate também em GO e AL.
Em Goiás, Marconi Perillo (PSDB) tem vantagem numérica sobre Iris Rezende (PMDB), dentro da margem de erro. Em Alagoas, a leve dianteira é do atual governador Teotônio Vilela (PSDB) contra Ronaldo Lessa (PDT).
No melhor cenário para os tucanos, o partido terminaria como o campeão em eleitorado governado: 64 milhões de eleitores -47,5% do total.
Ainda que ocorram viradas em Goiás e Alagoas, o patrimônio tucano não terá alterações significativas em razão das vitórias no primeiro turno nos dois maiores colégios eleitorais do país, São Paulo e Minas, e no Paraná.
Os tucanos tendem a crescer em comparação a 2006, quando conquistaram 43% do eleitorado.
A fatia da oposição ainda aumenta se somada as vitórias no turno inicial do DEM (4,9%): Santa Catarina e Rio Grande do Norte.
De acordo com as pesquisas, quem deve encolher é o PMDB, que governará para 15,3% do eleitorado, ante 22,8% em 2006. A baixa se explica pelo fim da gestão de Roberto Requião no Paraná -5,5% do país.
O PT deve fechar a eleição com tamanho similar ao do PMDB: 15,7%. O percentual representa crescimento discreto em relação a 2006 (13,5%), alavancado pela vitória de Tarso Genro no Rio Grande do Sul.
Esse número pode ser melhor se a governadora Ana Júlia virar a eleição no Pará.
Proporcionalmente, quem também pode crescer em comparação a 2006 é o PSB -de 10,5% para 14,8%.
A sigla concentra força na região Nordeste, onde poderá controlar até quatro Estados: Piauí e Paraíba, com disputas ainda em aberto, e Pernambuco e Ceará, já conquistados. O PSB ainda concorre no AP e venceu no ES.


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