São Paulo, sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

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Mídia internacional disseca legado e prevê "sombra" sobre sucessora

Reportagens analisam 8 anos do governo e situação econômica

DE SÃO PAULO

Uma sombra para Dilma Rousseff. A imagem de um novo mundo em que não há nenhuma superpotência imprescindível. Extraordinário como Nelson Mandela.
A mídia internacional está aos pés de Lula, que amanhã deixa o poder depois de oito anos no Palácio do Planalto.
Nos últimos 15 dias, reportagens publicadas no exterior analisam o legado do presidente que passa a faixa para a sucessora com "87% de aprovação popular", como a esmagadora maioria dos textos ressalta num misto de admiração e assombramento.
Blogueiros do "El País", da Espanha, Luis Bassets e Ramón Lobo estão na linha de frente do deslumbramento.
O primeiro é quem faz a comparação entre Lula e Mandela, cuja liderança ajudou a pôr fim ao regime do apartheid na África do Sul.
"Numa época em que o poder corrompe e os que o ocupam decepcionam os eleitores, Lula é extraordinário. Como Nelson Mandela."
Analistas preveem dificuldades para Dilma especialmente no campo econômico.
"É pouco provável que Dilma Rousseff consiga se livrar tão cedo da sombra do ex-presidente", escreve a revista semanal "The Nation", revista mais antiga dos EUA.
Segundo a Bloomberg, confrontada com a "inflação mais alta dos últimos 23 anos e um crescente deficit orçamentário", Dilma estaria encontrando dificuldades para convencer investidores externos de que pode sustentar o crescimento econômico registrado nos anos Lula.
Em editorial, o francês "Le Monde" amplia a perspectiva de problemas para Dilma, afirmando que a obra de Lula está inacabada -é onde, segundo o diário, repousam os maiores desafios da presidente que assume amanhã.


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