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Aliados vetam CPI e Câmara cria só comissão de estudos para a Cohab

Governistas defenderam criação de CEE para apurar suposta fraude no sorteio de casas populares

Com plenário lotado, oposição à prefeita tentou também aprovar CPI, mas requerimento foi rejeitado na Casa

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Com uma multidão de assessores e funcionários comissionados da Prefeitura de Ribeirão no plenário, a base de apoio à prefeita Dárcy Vera (PSD) na Câmara derrubou ontem à noite a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apuraria supostas irregularidades em sorteios de casas populares na cidade.

A sessão foi tumultuada, com cerca de 500 pessoas na plateia, que tem 250 lugares, e acabou criando uma CEE (Comissão Especial de Estudos) para o caso.

A decisão agradou à maioria do público, que gritava em apoio à prefeita e contra a instalação da CPI. Na prática, a CEE traz impacto político menor para o governo.

Como já era previsto, os vereadores governistas se basearam nos argumentos que Dárcy apresentou anteontem, quando fez um pronunciamento para se defender.

Ela foi apontada por uma das suspeitas de chefiar a venda irregular das casas.

"A prefeita já enviou ao Ministério Público todas as informações e documentos [para investigação]. A CPI só faria isso depois de 120 dias", disse Capela Novas (PPS).

Os peemedebistas Cícero Gomes da Silva e Samuel Zanferdini argumentaram que a CPI investigaria só a Cohab- RP -comandada pelo PMDB- e livraria a CDHU do desgaste. Já a CEE apuraria também o órgão estadual.

A suposta fraude teria ocorrido entre inscritos na Cohab-RP para casas populares construídas pela CDHU.

A oposição, encabeçada basicamente pelas tucanas Silvana Resende e Glaucia Berenice, bem que tentou falar, mas a plateia fez barulho -no grupo tinha até assessora de imprensa da prefeitura fazendo coro de "invejosa, invejosa" contra Silvana.

Com só cinco votos, o argumento da oposição foi, em resumo, o de que a CEE não tem competência para investigar irregularidades, como disseram os governistas. O petista Jorge Parada também defendeu a CPI contra Dárcy.

CEE e CPI têm condições de "convocar" e não apenas "convidar" pessoas do governo para prestar depoimento.

No entanto, na CEE, a convocação tem de ser aprovada pelo plenário, que é de maioria governista.

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