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Ribeirão

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Focos de incêndio crescem 15% no Estado

Início de estiagem já afeta cidades da região de Ribeirão Preto, que sofre também com as queimadas de cana-de-açúcar

Desde 1º de janeiro, foram detectadas 2.875 grandes queimadas; no mesmo período do ano passado, foram 2.496

DE RIBEIRÃO PRETO

Os focos de incêndio no Estado de São Paulo apresentaram alta de 15,18% em 2013.

Foram 2.875 grandes queimadas detectadas de 1º de janeiro até ontem, ante as 2.496 do mesmo período do ano passado. Desse total, 30,19% ocorreram em municípios da região de Ribeirão Preto, que já sofrem com as queimada da cana-de-açúcar.

Este ano já foram detectados incêndios ou queimadas em 399 cidades paulistas. Em 2012, eram 378. As campeãs são Itápolis, com 81 focos, Brotas, com 73, e Boa Esperança do Sul, com 55.

Das dez cidades com maior número de queimadas no Estado, cinco são da região.

Os dados foram obtidos por meio do monitoramento de incêndios feito pelo Cptec (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Apesar de o nordeste do Estado de São Paulo ter registrado mais cidades com incêndios -de 68 para 75-, o número de focos caiu 14,8% -de 1.019 em 2013 para 868 no ano passado.

Como a Folha publicou na semana passada, a região de Ribeirão, um dos principais polos sucroalcooleiros do país, só perde em queimada de cana-de-açúcar para Sorocaba. A um ano do prazo para o fim do corte manual, o nordeste paulista tem o segundo pior índice de mecanização (64,7%).

As queimadas e os incêndios causam danos ambientais -fauna e flora afetados pelo fogo- e à saúde, como problemas respiratórios.

Apesar do aumento, Alberto Setzer, responsável pelo núcleo de monitoramento de queimadas do Inpe, diz que a variação de um ano para outro geralmente fica entre 10% e 20%. "E é normal", afirma.

Ele acrescenta que o número de focos de incêndio até agora é pequeno em relação às queimadas que ainda vão ocorrer ao longo de 2013.

Segundo Setzer, o Inpe registra apenas "frentes de fogo" a partir de 30 metros de extensão por um metro de largura, com maior incidência nas zonas rurais, apesar de haver ocorrências também nas áreas urbanas.

ESTIAGEM

O meteorologista do Inpe Fabio Rocha lembra que, em alguns locais da região de Ribeirão Preto, não chove há 50 dias, o que favorece a ocorrência de queimadas.

"O solo fica mais seco, a vegetação também. Qualquer descuido pode provocar um incêndio", afirma.

Ele aponta ainda que não deve chover na região pelo menos até o próximo dia 27.

De acordo com o meteorologista, uma frente fria vinda do Sul do país deve derrubar a temperatura até sexta-feira, mas, por causa da pouca nebulosidade, não deve chover.

A média prevista para hoje é de 31°C. Para amanhã, deve ficar em torno de 27°C, e na sexta-feira, por volta dos 24°C. No entanto, a temperatura prevista para a região de Ribeirão deve subir de novo no sábado e no domingo.

Segundo a assessoria de imprensa do Inpe, o monitoramento de queimadas por imagens de satélites é útil em todo o Brasil porque gera informações que são distribuídas diariamente para vários órgãos, que atuam no combate a incêndios.

As informações são em tempo real.


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