Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ribeirão

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Sem planejamento, serviço público falha nos extremos de Ribeirão

Boom imobiliário expõe situações como falta d'água, trânsito lento e ausência de fiscalização

Regiões periféricas do município são as mais atingidas, independentemente da classe social

DANIELA SANTOS VENCESLAU BORLINA FILHO DE RIBEIRÃO PRETO

Sete horas e o congestionamento de carros, ônibus, motos e caminhões ocupa toda a extensão da avenida Antonia Mugnatto Marincek, na região do Ribeirão Verde, bairro de classe média-baixa na zona leste de Ribeirão.

A via é a única que liga os 15 bairros da região --60 mil moradores-- ao resto da cidade. Passar ali logo de manhã é um teste de paciência e sinal de que o dia será difícil.

Esse é um dos problemas que evidenciam a falta de planejamento do poder público diante do boom imobiliário e populacional. Os outros são a falta d'água, a manutenção de praças e parques e a fiscalização de obras urbanas.

As regiões periféricas do município são as mais atingidas, independentemente da classe social. São nesses locais que são construídos condomínios de luxo e residenciais para famílias de baixa renda removidas de favelas.

Até a Polícia Militar reclamou. Na semana passada, o major Wagner Baratto disse ser impossível fazer operações no local. "É muito ruim trabalhar ali porque há uma única via, faltam saídas."

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de Ribeirão cresceu 19,8% de 2000 a 2010 --chegou a 604.682. A alta no número de domicílios foi de 34,2% --195.338.

De outro lado da cidade, em Bonfim Paulista, zona sul (área nobre), um dos problemas também é o acesso para o restante da cidade. A rodovia José Fregonesi está com a pavimentação irregular e não tem passarela para pedestres.

O índice de acidentes cresceu 33,3% no primeiro semestre em relação a todo 2012. Faltam redutores de velocidade para indicar o desnível na pista e moradores cobram a promessa de iluminar a via.

Em outro extremo, no Paulo Gomes Romeo, zona oeste (área da classe baixa), o abandono da prefeitura pode ser visto no parque Rubem Cione e na praça da "Rampa".

O alambrado do parque foi arrancado e a quadra coberta de esportes está inacabada, sem contar o mato alto.

Placas do Estado e da prefeitura dizem que a construção, de R$ 2,3 milhões, começou em dezembro e tem 300 dias para acabar, mas está parada, segundo um morador.

Já na praça, o playground foi destruído e sujeira se acumula. Ainda no bairro, o posto de saúde está com a entrega atrasada quatro meses.

No Jardim Botânico (zona sul), a falta de água é crônica --moradores fazem reservas em caixas d'água--, assim como os vazamentos.

Moradores reclamam ainda dos buracos, da falta de comércio e serviços e das calçadas tomadas por obras.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página