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Ribeirão

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Disputa de partidos é saudável, diz ativista

Para ele, fim de política pública é que atrapalha São Carlos, não a batalha de PT e PSDB

DE RIBEIRÃO PRETO

A troca de farpas entre PT e PSDB em São Carlos, partidos, respectivamente, do ex-prefeito Oswaldo Barba e do atual, Paulo Altomani, não atrapalha a cidade, mas a descontinuidade de políticas públicas sim.

A opinião é de um dos integrantes do Movimento Transporte Justo, o estudante de engenharia ambiental Pedro Mattos, 22.

Na cidade, o grupo foi protagonista de manifestações populares contra o poder público que se espalharam pelo país, com foco no transporte.

Mattos faz críticas a algumas políticas de Altomani. Cita a possível alteração do Hospital-Escola e o funcionamento do centro de referência à mulher, segundo ele, com poucos funcionários.

Leia a seguir trechos da entrevista à Folha.

Folha - Depois de pressão com os protestos, a tarifa de ônibus caiu para R$ 2,65, mas o grupo ainda quer R$ 2,50. Quais os próximos passos?

Pedro Mattos - Nós temos a proposta de que o transporte deveria ser municipalizado. A prefeitura assumiria o transporte e contrataria a empresa por quilômetro rodado e por passageiro atendido, em vez de dar a concessão inteira. E a tarifa zero, porque assim como os impostos financiam saúde e educação, o transporte também pode ser [financiado].

Agora estamos discutindo os próximos passos. Vamos criar uma cartilha para explicar nossas ideias e vamos fazer mais ações também.

E sobre o embate do PSDB e PT. Isso atrapalha São Carlos?

Não, não está atrapalhando São Carlos. O que está atrapalhando São Carlos são políticas públicas ruins. Não é a briga de partidos, que é algo bom. A disputa entre partidos é saudável. O problema é que talvez por uma opção do prefeito atual, de tentar criar novos programas, está se abrindo mão de programas antigos e consolidados da gestão anterior que eram importantes para a cidade. Talvez o problema seja essa opção, mas é uma opção política do governo.

Quais programas pararam?

Os pontos de cultura da cidade, que eram de um convênio com o governo federal --a gestão atual suspendeu o convênio. Outra questão é a casa abrigo para mulheres, chegou a ficar fechada por dois meses. E o centro de referência da mulher está com poucos funcionários. Temos o Hospital-Escola, que é do curso de medicina, e a ideia do prefeito é no espaço agora fazer um AME [Ambulatório Médico de Especialidades, do governo estadual], que é outro modelo de prestação de saúde, mas que eu entendo que teria de abrir mão do Hospital-Escola.


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