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Ribeirão

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Promotoria apura proliferação de aguapés

Problema foi detectado em lagoa na zona leste de Ribeirão, que faz recarga de aquífero

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

O Ministério Público e a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) investigam as causas da proliferação descontrolada de aguapés na nascente do córrego das Palmeiras, na zona leste de Ribeirão Preto.

A área é ponto de recarga do aquífero Guarani.

O excesso da planta pode ter sido a causa da mortandade de peixes registrada no local na semana passada. Moradores denunciaram a situação à Promotoria de Justiça.

Na última quinta-feira, a promotora do Gaema (Grupo de Atuação Especial em Defesa do Meio Ambiente) de Ribeirão Preto Cláudia Maria Lico Habib ajuizou uma ação para que a prefeitura tomasse medidas emergenciais de recuperação da área.

A Coordenadoria de Limpeza Urbana iniciou ontem a retirada manual dos aguapés. Eles também deverão desassorear a lagoa e fazer a limpeza do entorno.

De acordo com o gerente regional da Cetesb, Marco Antônio Artuzo, o órgão constatou que o nível de oxigênio dissolvido na lagoa estava em 0,5 mg/l, enquanto o mínimo exigido é de 5 mg/l.

"Em pequena quantidade, os aguapés são até benéficos, mas da forma em que estavam, impedem a entrada de luz e diminuem o oxigênio."

AÇÃO HUMANA

Os motivos do aumento de número de aguapés estão sendo investigadas.

Para o gerente da Cetesb, os aguapés podem ter sido introduzidos na região e se proliferado de maneira descontrolada por causa de despejo de cargas difusas na lagoa, como a água suja que sai após a lavagem de calçadas.

Ele diz que o órgão realizou exames para detectar a presença de vazamento de esgoto ou despejo clandestino, mas nada foi constatado.

De acordo com a promotora Cláudia, a área é pública. No entanto, há um pesqueiro informal no entorno da lagoa. "A alimentação de peixes pode também colaborar com o aumento dos aguapés", disse Artuzo.

Cláudia afirma que um inquérito instaurado na Promotoria em 2011 investiga irregularidades na área. "A limpeza é apenas uma medida emergencial e sozinha não vai resolver o problema", disse a promotora.


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