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Em crise, Recra vai demitir e limitar serviços no clube Agremiação de elite mais tradicional de Ribeirão faz 'liquidação' de títulos Antes custando até R$ 10 mil, títulos já são vendidos a R$ 1.000; cem funcionários deverão deixar o clube
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO Em crise financeira avaliada em cerca de R$ 12 milhões, a Recreativa -clube de elite mais tradicional de Ribeirão Preto- deverá cortar pelo menos cem funcionários e limitar o horário de funcionamento do restaurante. A medida faz parte de um pacote de ações preparado pelo conselho deliberativo do clube -conhecido na cidade como Recra-, segundo apurou a reportagem da Folha. Além das demissões, o clube deverá reduzir o horário normal de funcionamento. O restaurante, que funciona integralmente durante a semana e é aberto também para não sócios, deverá deixar de servir refeições de domingo a quarta-feira. O conselho também definiu sobre a venda promocional de novos títulos. Custando R$ 10 mil até três anos atrás e oferecido apenas a convidados, hoje os títulos serão vendidos a R$ 1.200 (no caso da Recra cidade, na avenida Nove de Julho) e a R$ 1.000 (clube de campo), sem a necessidade de indicação de um sócio antigo. A situação crítica tem afastado os sócios. Segundo a Folha apurou, alguns chegam a vender seus títulos por R$ 300. Para reverter esse quadro, a Recra passou a oferecer descontos de 75% nos serviços prestados dentro do clube para os sócios que trouxerem novas indicações. O presidente do conselho, José Antônio Pessini, confirmou que medidas foram estabelecidas em reunião durante esta semana. Em 2008, a Recra anunciou uma dívida de R$ 20 milhões. Na ocasião, a diretoria chegou a cobrar uma taxa de até R$ 1.500 mensais dos sócios com títulos remidos (os que não pagam mensalidade). Esses sócios acionaram o clube na Justiça, que considerou a cobrança ilegal. ILEGALIDADE Embora tenha adotado medidas para tentar sair da crise, a Recra fez um empréstimo bancário de R$ 2 milhões no último dia 8 para pagar funcionários. A Folha apurou também que os conselheiros cogitaram a venda do clube de campo, mas a medida foi descartada. "Os sócios não querem", disse o vice-presidente Moacir Tonani. Diretores ouvidos pela reportagem e que preferiram não se identificar afirmaram que a venda não pode ser feita porque o clube de campo não possui escritura. O local, que também conta com chácaras alugadas para eventos, funciona fora da legalidade desde sua criação, na década de 1970. Tonani confirmou que o local não tem escritura, mas disse que esse problema está sendo regularizado. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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