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Em 1 mês, buraco fechado já está reaberto

Bairros que tiveram o serviço feito em novembro já têm problemas antes mesmo do início do período chuvoso

No Heitor Rigon, serviço nem foi feito, conforme anunciou a prefeitura, que diz que a medida é paliativa

Márcia Ribeiro - 14.dez.11/Folhapress
Buraco aberto na rua Anivaldo Ponton, na esquina com a travessa Taquari, no bairro Sumarezinho, em Ribeirão Preto
Buraco aberto na rua Anivaldo Ponton, na esquina com a travessa Taquari, no bairro Sumarezinho, em Ribeirão Preto

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Ruas e avenidas que receberam os serviços de tapa-buracos da Prefeitura de Ribeirão Preto em novembro já estão esburacadas novamente. O problema atinge também outras vias que nem receberam o serviço, às vésperas do verão, período que historicamente é responsável pelo surgimento de buracos devido ao clima chuvoso.

A Folha percorreu em três dias nas últimas duas semanas trechos de diferentes bairros do município onde a administração aponta, em seu site, que foram efetuados os serviços, além de bairros com ligações à região central.

Na rua Cruz e Souza, no Parque Ribeirão Preto, uma parte inteira do asfalto colocado no dia 10 de novembro se transformou em uma grande "bola de massa" em frente à casa do metalúrgico Raimundo Moraes, 42.

"O problema é que o lixo da rua fica acumulado nesse buraco e, às vezes, não consigo entrar em casa com o meu carro por causa disso."

Moradora do bairro Ipiranga, a autônoma Muriel Cristina Batista, 34, afirmou sofrer com o mesmo problema.

A preocupação dela, além de possíveis acidentes de trânsito, é com a formação de eventuais focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, doença que atingiu cerca de 20 mil ribeirão-pretanos só neste ano.

Em frente à empresa da família, na rua Rio Maroni, um buraco tapado no dia 7 já está aberto novamente.

"Já vieram tapar duas vezes. Se fosse um serviço bem feito, não teria esse problema", afirmou.

No mesmo bairro, na rua André Rebouças, a aposentada Aparecida de Oliveira, 70, não pode mais atravessar a rua da esquina da sua casa porque um buraco, tapado no dia 7, reabriu.

A Folha ainda encontrou problemas semelhantes nos bairros Jardim Maria Goretti, Campos Elíseos e Vila Seixas.

O secretário da Infraestrutura, Yussef Miguel Iun, disse que o serviço feito é paliativo (leia texto nesta página).

No Heitor Rigon, a reportagem ainda constatou que o serviço de tapa-buracos não foi efetuado na rua Adriana Carvalho de Lima, conforme anunciado pela Prefeitura de Ribeirão Preto em seu site.

Com isso, a manutenção do local tem sido feita pelos próprios moradores, conforme afirmou a dona de casa Selma Aparecida Sousa, 42.

"Nós tapamos os buracos porque não há carro que aguente", afirmou.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a administração municipal admitiu que o serviço não foi feito no local e informou que a equipe da Secretaria da Infraestrutura teve que deslocar equipes para atender, emergencialmente, outros endereços.

TERCEIRIZADO

O serviço de tapa-buracos em Ribeirão Preto é feito atualmente por sete equipes formadas por funcionários da prefeitura e da empresa Engenharia e Construções Carvalho Ltda., que foi contratada no mês de outubro de forma emergencial -portanto, sem licitação- pelo valor de R$ 1,81 milhão.

O contrato emergencial foi firmado pela gestão da prefeita Dárcy Vera (PSD) depois de o TCE (Tribunal de Contas do Estado) ter encontrado irregularidades em duas licitações públicas para a realização de serviços de pavimentação asfáltica.

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