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Foco

Colecionadores 'lotam' banca para trocar figurinhas da Copa

FELIPE AMORIM DE RIBEIRÃO PRETO

A menos de dois meses do apito inaugural, a Copa 2014 já criou um disputado mercado nas ruas de Ribeirão.

A busca pelas figurinhas das 32 seleções do álbum oficial do mundial tem levado colecionadores a passarem horas sob o sol na esquina das avenidas Presidente Vargas e 9 de Julho, numa banca de revista eleita informalmente como ponto de trocas.

O dono do estabelecimento, Luiz Henrique Gibim, 56, instalou mesas e bancos na calçada e espera bater o recorde de vendas da distribuidora em um único ponto.

A marca na última copa foi de 190 caixas, cada uma com mil envelopes de figurinhas.

Duas semanas após ser lançado o álbum oficial, ele já vendeu 112 caixas --número superior ao registrado por ele durante toda a Copa da África do Sul, de 98 caixas.

"Nós podemos encarar isso como uma febre", disse.

A Panini, multinacional italiana que detém o direito de produção do álbum, prevê venda recorde: 8,5 milhões de álbuns no Brasil.

O estudante Eduardo Correia, 8, chegou à banca precisando de sete figurinhas. Deu quatro repetidas em troca do zagueiro holandês Stefan de Vrij, comprou outro punhado e saiu com o álbum repleto, já planejando preencher outros três.

"Vou dar um para o avô, outro para o outro vô e um para o meu tio", disse.

Na companhia do neto, o médico Nilton Martucci, 58, afirmou que para completar o primeiro álbum é necessário um investimento de ao menos R$ 200.

"Mas a troca aqui costuma diminuir muito o custo."

O técnico em enfermagem Rogério Moreira Rosa, 42, disse que aos finais de semana costuma passar de quatro a seis horas com os filhos na banca. "É um clima legal, você conhece novas pessoas."

Há quatro Copas o carteiro aposentado Edemar Colluci, 60, é o "Jesus" da banca na esquina da presidente Vargas. Seu negócio é vender figurinhas a clientes que não desejam confiar no acaso dos envelopes fechados.

O preço varia de acordo com a raridade da imagem e o semblante do comprador. "Se estiver com uma cara de desesperado [o preço sobe]."

A imagem autocolante do atacante Neymar foi vendida na semana passada por R$ 25 a um colecionador ávido por completar seu álbum, que um dia já teve 649 quadradinhos em branco.

Esta foi a melhor venda feita por Colucci este ano, com valorização de 12.400%. Na Copa de 2010, ele vendeu o escudo da seleção espanhola por R$ 50. O pacote com cinco figurinhas custa R$ 1.

No último sábado, o atacante brasileiro e o meia holandês Arjen Robben foram apontados por colecionadores como as figuras mais difíceis de serem encontradas. Colluci diz já ter completado este ano 14 álbuns, "nenhum para mim", disse. Todos vendidos em seguida por R$ 250.

A Panini oferece em seu site um serviço de trocas online com outro colecionador, assim como as vendas.


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