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Após seca, pesca ameaça peixes no rio Grande
Pescadores clandestinos estão aproveitando o baixo nível para usar redes e arpões
A falta de chuvas no início deste ano, além de ter prejudicado a reprodução dos peixes no rio Grande, também os tornou presa fácil para a pesca predatória.
Pescadores profissionais de Colômbia, município com cerca de 6.000 habitantes localizado às margens do rio Grande, disseram estar preocupados com a pesca predatória clandestina.
Com o baixo nível do rio, a pesca com redes e arpões atraiu pescadores sem autorização para essa atividade.
"Pescador amador só pode pescar dez quilos por dia e não pode usar rede ou arpão. Sem fiscalização, eles têm levado o quanto querem", disse Edilson de Souza Pereira, 40, presidente da Associação de Pescadores Profissionais de Colômbia.
Como o nível do rio Grande está baixo --em alguns pontos chega a 30 centímetros de profundidade--, os peixes ficam mais suscetíveis à pesca, sem ter como fugir'.
Os 120 pescadores profissionais de Colômbia estão preocupados com a escassez de peixes. De até 45 quilos por dia pescados nessa época do ano, os pescadores profissionais têm conseguido pescar entre 30 e 35 quilos devido ao aumento da concorrência.
"A desova foi prejudicada pela falta de chuvas e esses pescadores ainda estão exterminando a população de peixes. No próximo ano vamos ter muita dificuldade por conta disso", disse Pereira.
A Folha entrou em contato com a Polícia Ambienta de Colômbia, responsável pela fiscalização, mas não obteve retorno.