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Em 1 mês, CPI da Cohab só reúne 'versões'

Após quinta reunião da comissão, vereadores dizem ainda não ter conclusão nenhuma

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

Com cinco reuniões e pouco mais de um mês de investigações, o grupo de vereadores que apura a suposta fraude em esquema de entrega de casas populares em Ribeirão Preto reúne até agora apenas versões e nenhuma conclusão -ainda que parcial- para elucidar o caso.

"Por enquanto é difícil dizer qualquer coisa porque são versões muito conflitantes", disse o presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), Walter Gomes (PR). "Quem está falando a verdade? Cabe a nós continuar investigando", afirmou Samuel Zanferdini (PMDB).

A CPI da Cohab nasceu como CEE (Comissão Especial de Estudos) em 22 de novembro. Desde então, foram ouvidas quatro pessoas.

Ontem, o corretor de imóveis Luiz Antonio da Silva deu depoimento à CPI. A aposentada Aparecida Rodrigues Pereira de Carvalho havia dito que ele prometeu facilitar a aquisição de casa popular mediante pagamento de R$ 7.000, em janeiro de 2010.

Ela afirmou ainda que, no dia em que o dinheiro foi entregue, o deputado estadual Baleia Rossi (PMDB) estava presente, com o corretor.

Silva negou a versão de Aparecida e disse não ter proximidade com Baleia. "Eu o conheço de ver na TV, mas não tenho contato com ele."

O relato do corretor levantou dúvidas dos vereadores principalmente quanto ao motivo que o levou a ter contato com Aparecida. Ele disse que havia vendido um outro imóvel à aposentada e que apenas lhe deu uma carona no dia em que ela o acusa de ter recebido os R$ 7.000 em um banco.

Silva negou participar da suposta fraude e disse ter visto Aparecida entregar o valor a uma outra mulher, que ele afirmou não conhecer.

ACAREAÇÃO SURPRESA

Aparecida estava na Câmara e, após o depoimento de Silva, foi chamada para acareação e reafirmou as declarações anteriores. O corretor também manteve sua versão.

Para Walter Gomes, mesmo com as divergências, a CPI ainda não considera necessário convocar Baleia a depor.

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