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Ribeirão

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Cai produtividade na saúde de Ribeirão

Número de consultas no primeiro quadrimestre do ano tem queda de 11,1%; investimento também tem redução

Prefeitura afirma que existem variações sazonais; especialista aponta redução do quadro de profissionais

CAMILA TURTELLI DE RIBEIRÃO PRETO

A produtividade da saúde em Ribeirão Preto caiu nos primeiros quatro meses deste ano em relação ao mesmo período em 2013.

O número de consultas e atendimentos de urgência apresentou queda de 11,1% --363.933 neste ano, ante 409.660 do mesmo período do ano passado.

Os dados são da Secretaria da Saúde, que afirmou que o sistema de atendimentos "sofre alterações de fatores de variabilidade sazonal".

Para especialistas e população, no entanto, longas filas de espera para receber atendimento e o número insuficiente de profissionais são as causas desta queda.

Sem profissionais, a espera aumenta, a oferta de consultas diminui e muitos pacientes acabam desistindo do atendimento profissional.

"Sempre espero entre duas e três horas para ser atendida. Por mais de uma vez, eu desisti e fui buscar atendimento particular", afirmou a auxiliar de limpeza Zilda Felipe Francisco, 56, que sofre de labirintite crônica.

A manicure Taina Oliveira, 19, tem rinite crônica e não tem plano de saúde.

Nesta sexta-feira (11), ela estava havia cerca de uma hora e meia na fila para ser atendida na UBDS (Unidade Básica Distrital de Saúde) do Quintino Facci 2, zona norte.

"Outra vez desisti de ser atendida quando a espera passou de três horas. Fui para casa, tomei um banho, deitei e esperei a crise passar."

Para o professor de saúde pública da Unicamp Gastão Wagner de Sousa Campos, quando um sistema de saúde apresenta queda da produtividade as razões são redução de investimento e do quadro de profissionais.

"Com a demanda crescente da população, é natural haver crescimento no atendimento, não queda. As causas podem ser a não reposição de médicos e enfermeiros."

Para ele, uma das medidas que podem ser tomadas para reverter a situação é melhorar o investimento na atenção básica e em programas como Saúde da Família.

Segundo os dados da Secretaria da Saúde, houve queda também no quadro de funcionários. No primeiro quadrimestre de 2013, a saúde tinha 601 profissionais, 11 a menos do que neste ano.

Também houve redução de investimento no setor. O valor gasto com a compra de medicamentos com recursos do município, por exemplo, caiu 10,3% --R$ 300 mil.


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