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Municípios buscam 'uso' para aeroportos

Com queda de 4,6% no número de passageiros, prefeituras querem receber cargas e internacionalizar operações

Especialistas afirmam que a economia em desaceleração é uma das causas para o baixo movimento de usuários

ISABELA PALHARES DE RIBEIRÃO PRETO

Com queda no número de passageiros, as prefeituras da região de Ribeirão Preto estudam medidas e tentam recursos dos governos estadual e federal para ampliar as atividades em seus aeroportos, principalmente para o transporte de cargas.

No primeiro semestre deste ano, o número de passageiros nos cinco aeroportos da região caiu 4,6%, em relação ao mesmo período de 2013. Os terminais receberam 527.961 passageiros nos primeiros seis meses, 25.037 a menos que no ano passado.

A Prefeitura de Araraquara vai fazer uma permuta com dois terrenos de 101.420 m² localizados no entorno do aeroporto Bartholomeu de Gusmão. O objetivo é ampliar a pista dos atuais 1.500 para 2.200 metros para receber aviões maiores.

A Azul, que iniciou as operações no local no final do ano passado, anunciou que vai reduzir a quantidade de voos a partir de 31 de julho para um por semana.

A permuta será feita com terrenos que totalizam 15.850 m² nos bairros Jardim das Flores e Jardim Lupo 2. A troca foi autorizada pela Câmara.

Os terrenos, segundo a prefeitura, valem juntos cerca de R$ 1,945 milhão e os terrenos adquiridos, R$ 1,974 milhão. Por isso, o empresário dono dos terrenos ainda terá créditos tributários com o município, afirmou Antônio Martins, secretário municipal de Desenvolvimento.

"Estamos nos preparando juridicamente para quando a ampliação for liberada, termos as condições de executá-la", disse Martins.

"Não sei se há demanda para o transporte de cargas, mas Viracopos [aeroporto de Campinas] está estrangulado e o Estado vai precisar de opções", disse Martins.

OUTROS CASOS

Em Ribeirão, as obras de ampliação e reforma para internacionalização do Leite Lopes segue sem prazo definido para começar. Mas já são a aposta da prefeitura para movimentar a economia, com a instalação de empresas no entorno do aeroporto.

A Prefeitura de São Carlos também tenta, sem sucesso, a internacionalização do aeroporto. O intuito é que o centro de manutenção de aeronaves da TAM receba aviões de outros países para serviços de conservação e reparos.

A companhia estima que economizaria de U$ 100 mil a U$ 220 mil com a internacionalização. A prefeitura diz que a medida geraria 600 empregos no município.

A Prefeitura de Barretos tenta viabilizar operações comerciais no aeroporto, municipalizado em 2013. Os voos que teriam passageiros "garantidos" pelos pacientes do Hospital de Câncer, são vistos como opção para o terminal superar o déficit de R$ 175 mil obtido no ano passado.

José Bernardes Felex, professor da USP São Carlos, afirmou que a queda de passageiros reflete a retração na economia. Já Carlos Alberto Bandeira, da Unicamp, disse que o transporte de cargas depende do perfil das empresas da região de Ribeirão.


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